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Cauda em 'T', cabine pressurizada: como é o avião que caiu em SP

O avião EMB-121 Xingu foi desenvolvido pela Embraer nos anos 70 Imagem: Reprodução/Centro Histórico Embraer

Colaboração para o UOL

24/10/2024 10h49

O avião de pequeno porte que caiu durante uma forte tempestade em Paraibuna (SP) na quarta-feira (23), matando cinco pessoas, era um turboélice pressurizado, um dos primeiros do Brasil, utilizado para transporte executivo e aeromédico.

O que aconteceu

A aeronave decolou de Florianópolis às 16h51 com destino a Belo Horizonte, mas caiu às 19h39 em uma área de difícil acesso em Paraibuna, São Paulo. Ela colidiu contra um morro, pegou fogo e foi completamente destruída. Todos os cinco ocupantes, incluindo o comandante e uma equipe médica, morreram.

O modelo da aeronave é o Embraer EMB-121 Xingu. Este avião foi desenvolvido pela Embraer nos anos 1970 como uma solução para o transporte executivo e aeromédico. Ele é pressurizado, permitindo voos mais confortáveis em altitudes elevadas, com capacidade para até oito passageiros e dois tripulantes.

Os motores Pratt & Whitney PT6A-28 permitem ao Xingu operar com alta eficiência em pistas curtas. Eles garantem uma velocidade máxima de 450 km/h e um alcance de até 2.352 km. Isso torna o modelo ideal para voos regionais e de táxi aéreo, segundo o Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica.

Um diferencial do Xingu é seu design com cauda em 'T', que lhe confere melhor estabilidade. O estabilizador horizontal montado no topo do estabilizador vertical minimiza vibrações e ruídos, garantindo um voo mais suave. A configuração também ajuda no controle da aeronave em diversas condições meteorológicas, segundo informa o Centro Histórico da Embraer.

O Xingu foi uma das primeiras aeronaves pressurizadas produzidas no Brasil. Com uma cabine pressurizada, ele pode voar a altitudes de até 28 mil pés (cerca de 8.500 metros) acima das formações de nuvens e perturbações atmosféricas, garantindo uma experiência de voo mais tranquila para os passageiros.

A eficiência do Xingu também se reflete no consumo de combustível. O avião consome apenas um quarto do combustível de um jato executivo similar, o que o tornou uma escolha econômica, especialmente em cenários onde o custo do combustível é um fator decisivo.

O que se sabe sobre a queda

A queda da aeronave ocorreu durante uma forte tempestade. O avião colidiu contra um morro, e o impacto causou a explosão da aeronave. O fogo destruiu completamente os destroços. A área montanhosa complicou os trabalhos de resgate, dificultando o acesso das equipes ao local.

O avião estava registrado para táxi aéreo. Operada pela Abaeté Aviação, a aeronave tinha status de operação normal e estava habilitada para serviços de transporte aéreo, incluindo serviços aeromédicos, conforme o Registro Aeronáutico Brasileiro.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) está investigando o acidente. Uma equipe foi enviada ao local para coletar dados e iniciar o processo de identificação das causas da queda. A forte tempestade que atingia a região no momento do acidente pode ter sido um fator determinante.

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