Morre mais um policial baleado por atirador de Novo Hamburgo (RS)
Do UOL, em São Paulo
24/10/2024 10h39Atualizada em 24/10/2024 15h37
Morreu hoje mais um policial baleado por Edson Fernando Crippa durante ataque em Novo Hamburgo (RS). Outro brigadiano está em estado grave.
O que aconteceu
Rodrigo Weber Volz, 31, foi atingido três vezes. Ele ficou internado em estado gravíssimo na UTI do Hospital Municipal de Novo Hamburgo, mas não resistiu. Volz deixa a esposa.
A morte foi confirmada pela Brigada Militar e pelo hospital nesta quinta-feira (24). O governador Eduardo Leite (PSDB) lamentou ter perdido "mais um herói" nessa "tragédia brutal". "Um homem que honrou ao limite seu juramento de proteger a sociedade, mesmo com o risco da própria vida. Toda solidariedade aos familiares do Rodrigo, à sua esposa Aleissa, também soldado da BM, e à família brigadiana nesse momento de dor irreparável", escreveu.
João Paulo Farias Oliveira, 26, que foi baleado na cabeça, segue em estado grave. Ele está no mesmo hospital que o colega.
Corpo do primeiro militar morto por atirador foi enterrado nesta quinta-feira (24). Everton Raniere Kirsch Júnior, 31, foi sepultado no Cemitério Jardim da Memória, em Novo Hamburgo.
Outros quatro militares ficaram feridos na ocorrência. Uma delas está internada em estado estável no Hospital da Brigada Militar e outros três foram liberados após atendimento. Um Guarda Municipal também foi atingido por tiros e está em um hospital particular da cidade.
Mãe e cunhada do atirador seguem internadas. Elas têm estado de saúde estável, que ainda exigem cuidado das equipes médicas, informou o Hospital Centenário de São Leopoldo ao UOL.
Relembre caso
Edson Crippa, 45, matou o pai, o irmão e um brigadista militar entre a noite da terça (22) e a manhã da quarta-feira (23). Forças de segurança cercaram a casa deles em Novo Hamburgo (RS) e, após mais de nove horas de tentativas de negociação, o homem teve morte confirmada por médicos do Samu.
Mortos foram identificados como Eugênio Crippa, 74, o irmão dele, Everton Crippa, 49, e o agente da Brigada Militar Everton Raniere Kirsch Junior, 31. O brigadiano deixa esposa e um filho recém-nascido, com 45 dias.
Ataque aconteceu após pai de Edson chamar a polícia para denunciar agressões do filho. Segundo os brigadianos, tiros foram disparados de forma inesperada pelo homem quando eles conversavam com as vítimas no portão da residência.
Atirador tinha histórico de esquizofrenia e usou as próprias armas, legalizadas, para o ataque. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, mais de 300 munições foram encontradas na casa de Edson e a polícia investiga se ele teria planejado a situação, já que estoque de água e isotônicos foram achados na casa.
De forma inesperada e totalmente agressiva ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência dele. Diante desses disparos que ele efetuou, outras guarnições se deslocaram em apoio.
Tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar
Governador lamenta mortes. Em publicação nas redes sociais, Eduardo Leite afirmou que segue em contato com o secretário de Segurança, Sandro Caron, para acompanhar os desdobramentos da ocorrência.