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'Bonde dos Mauricinhos': com bombas e tiros, grupo espalha pânico em Manaus

Jovens de classe média alta publicavam ações de violência nas redes sociais Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Colaboração para o UOL

24/10/2024 15h39

Formado por três jovens de classe média alta, o autointitulado "Bonde dos Mauricinhos", que vinha tocando o terror nas ruas de Manaus, no Amazonas, deve se entregar à polícia após as eleições, que ocorrem no domingo (27).

O que aconteceu

Os três jovens aterrorizavam a cidade com ações violentas. Eles aparecem em vídeos disparando armas de fogo, lançando bombas caseiras e agredindo pessoas em situação de rua. As gravações foram amplamente compartilhadas, gerando indignação e uma resposta rápida das autoridades.

Em um dos vídeos, os integrantes são vistos disparando tiros para o alto em uma área pública. Em outra gravação, aparecem agredindo brutalmente um homem em situação de rua, o que gerou indignação nas redes sociais.

Os suspeitos são Enrick Benigno Lima, Pedro Henrique Baima e Marcos Vinicius Mota. Os vídeos, que mostram seus atos criminosos, causaram grande repercussão em Manaus e levaram à mobilização policial.

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas cumpriu mandados de busca. Na segunda-feira (21/10), uma operação denominada Sangue Azul resultou em apreensões nas residências dos suspeitos, mas eles não foram encontrados.

A Polícia Civil informou que os advogados dos jovens compareceram à delegacia. Na terça-feira (22), eles foram solicitar informações sobre o andamento do processo, mas os interrogatórios foram agendados apenas para o dia 30 de outubro, após o período de vedação eleitoral.

Os jovens são investigados por nove crimes, entre eles porte ilegal de arma de fogo, incêndio e injúria. Segundo o delegado-geral Bruno Fraga, os atos praticados pelos suspeitos colocaram em risco a segurança pública, e eles serão responsabilizados. Equipamentos eletrônicos e munições apreendidos nas residências dos suspeitos serão analisados pelo Departamento de Inteligência da Polícia Civil.

Eles aparecem disparando com armas de fogo, ateando fogo em locais públicos, danificando alguns comércios e perturbando a vida de algumas pessoas. A Polícia Civil logo conseguiu identificar essas pessoas.
Bruno Fraga

Em nota, o advogado Affimar Cabo Verde, responsável pela defesa de Enrick Benigno Lima e Pedro Henrique Baima afirmou que na terça-feira (22), "todos os envolvidos, devidamente acompanhados dos seus advogados", compareceram à delegacia para prestar esclarecimentos sobre os fatos que são objeto das investigações. Cabo Verde declara que os jovens não estavam foragidos, como teria informado a polícia anteriormente. O advogado Elci Simões Junior, responsável pela defesa do terceiro jovem, Marcos Vinicius Mota, foi procurado, mas até o momento não havia respondido aos questionamentos. O espaço segue aberto para manifestação.

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