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Vem chuva e calor por aí: veja a previsão para o verão, que começa sábado

Estação, que é marcada por altas temperaturas e chuvas volumosas, começa no próximo sábado (21) Imagem: Mukesh Gupta/AFP

Giovanna Arruda

Colaboração para o UOL

20/12/2024 05h30

O verão promete clima com variações de temperaturas mais frequentes. Segundo a Climatempo, não teremos os impactos do fenômeno El Niño, que no ano passado contribuiu com eventos extremos no Brasil, mas há previsão de chuva e alguns dias com calor acima do normal.

O que esperar da estação:

Sudeste

No Sudeste, menos chuva e mais calor. Há possibilidade de períodos mornos pelo litoral da região, no leste de São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santos, sul e leste de Minas Gerais.

Frentes frias avançam com frequência pela costa do Sudeste e ajudam a organizar os corredores de umidade, que aumentam a chuva, com possibilidade de formação de ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul).

Apesar da previsão de chuva abaixo da média, o Inmet não descarta a ocorrência de "chuvas expressivas" e isoladas na região. Segundo o instituto, o Sudeste, que tem um "período historicamente chuvoso" em seus verões, pode ter chuvas mais volumosas durante a ocorrência de episódios de ZCAS.

Entre os meses de novembro e fevereiro, os episódios de ZCAS se formam, com duração de quatro a dez dias em média, provocando grandes volumes nas regiões afetadas. Em algumas localidades, o total de chuva pode chegar a cem milímetros ou superar este valor ao final de cada evento Inmet

Centro-Oeste

Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul devem ter um volume de chuva próximo ou até mesmo abaixo da média histórica.

Segundo a Climatempo, não devem ocorrer ondas de calor frequentes, mas eventuais picos de calor podem afetar o centro-sul e oeste do Mato Grosso do Sul ao longo do verão.

Nordeste

Na maior parte da região, a previsão climática indica chuvas abaixo da média para o verão. Esta condição de chuvas abaixo do comum deve acontecer, principalmente, no centro-leste do Nordeste, atingindo o Pernambuco, por exemplo.

Os estados nordestinos terão temperatura acima da média. Segundo o Inmet, Maranhão, Piauí, Bahia e o oeste da Paraíba e de Pernambuco serão os principais locais atingidos pelo calor, onde as temperaturas podem ficar mais de 1 °C acima da média para a época.

Norte

Parte da região deve ter chuva abaixo da média. O sudeste do Pará e o centro-oeste de Rondônia devem receber menos chuvas do que o normal para os dias de verão. Ainda em Rondônia, o sul do estado deve ter chuva acima da média.

Apesar da previsão de chover menos do que a média durante o verão, a chuva deve ser volumosa e frequente, o que favorece a recuperação gradual dos rios na região, segundo a Climatempo. Ainda segundo o instituto, não deve ocorrer novo recorde histórico de vazão baixa nos rios da Amazônia.

A temperatura média no verão deverá prevalecer acima da média em praticamente toda a região. Os valores registrados para a próxima estação podem ultrapassar em 0,5 °C ou mais a média histórica do período.

Sul

A previsão para a região mostra que boa parte do sul terá chuva abaixo da média. Segundo o Inmet, as exceções serão o leste do Paraná e o nordeste de Santa Catarina. Nesses locais, a chuva deve ficar próxima ao volume comum do verão.

Já os termômetros devem seguir a tendência do restante do país. O verão nos estados do Sul será mais quente do que o comum, conforme previsão do Inmet.

Ilustrações indicam prognóstico climático de verão: à esquerda, a previsão para as chuvas; à direita, a previsão para as temperaturas entre janeiro, fevereiro e março de 2025 Imagem: Divulgação/INMET, CPTEC/INPE e FUNCEME

As características típicas do verão

No verão, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, mas têm volumes variados. Segundo o Inmet, os maiores volumes de precipitação são observados nas regiões Norte e Centro-Oeste, com totais entre 700 e 1.100 milímetros. Os menores volumes de chuva são registrados no extremo sul do Rio Grande do Sul, no nordeste de Roraima e no leste do Nordeste, onde geralmente os totais de chuvas são inferiores a 400 milímetros.

Ao longo da estação, os dias são mais longos do que as noites e as mudanças rápidas nas condições do tempo são comuns. Chuvas intensas, conhecidas como "tempestades de verão", queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas podem ocorrer.

Diferente da estação entre 2023/2024, a previsão não indica fortes ondas de calor para os próximos meses. Com um clima mais ameno em geral, o verão 2024/2025 deve ter um clima mais oscilante, com variações de temperaturas mais frequentes.

O verão chega ao Brasil na manhã do sábado. A estação terá início às 6h20 (horário de Brasília) e terminará no dia 20 de março de 2025, às 6h02.

La Niña deve acontecer no início de 2025

Segundo o Inmet, há probabilidade de que o fenômeno climático aconteça no primeiro trimestre. Nos meses de janeiro, fevereiro e março, há 60% de chances para que as condições conhecidas como La Niña se desenvolvam.

Entre fevereiro e abril, a probabilidade cai para 40%. De acordo com o instituto, as previsões indicam que o fenômeno deve ter uma curta duração ao longo do verão e início do outono.

O La Niña consiste em águas mais frias do que a média e pode fazer com que o verão seja mais ameno. O fenômeno se confirma sempre que o Oceano Pacífico Equatorial fica meio grau mais frio que o normal por, pelo menos, três meses consecutivos. Um eventual La Niña mais "fraco" e passageiro pode contribuir para a previsão de calor forte e chuvas intensas no Hemisfério Sul.

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