Prefeitura de Estreito decreta situação de emergência após queda de ponte
A Prefeitura de Estreito, no Maranhão, decretou situação de emergência na cidade, nesta sexta-feira (27), devido à queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o estado ao Tocantins.
O que aconteceu
Decreto considera os danos causados pela queda da ponte para declarar estado de emergência nível 2. O documento cita os impactos ambientais, humanos, econômicos, estruturais, de mobilidade e saúde pública decorridos do acidente, como contaminação do rio Tocantins, mortes, desaparecimentos e 19 mil pessoas impactadas direta ou indiretamente.
Prefeitura fala em prejuízos às atividades agrícolas, pesqueiras e de abastecimento. "O município mobilizou recursos humanos e materiais em larga escala, mas enfrenta o esgotamento desses recursos, sendo indispensável o apoio técnico e financeiro estadual e federal", diz o documento assinado pelo prefeito Léo Cunha (PL).
O decreto tem validade inicial de 180 dias. O estado de emergência prevê intervenções prioritárias para o resgate de vítimas, assistência às famílias, controle e mitigação da contaminação ambiental, atendimento de saúde pública, restabelecimento de mobilidade e transporte, além de apoio econômico às atividades impactadas pela tragédia.
O prefeito também determina o reforço imediato nos serviços de saúde. A medida visa ampliar o atendimento médico e hospitalar às vítimas, psicológico e psiquiátrico aos familiares e população afetada, e monitoramento de doenças derivadas da contaminação da água e do solo.
A ponte que ligava as cidades Aguiarnopólis (TO) e Estreito (MA) cedeu na manhã do dia 22 de dezembro. Três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico caíram no Rio Tocantins, mas uma análise feita na água indicou que não houve o vazamento.
Neste sábado (28), a Marinha retificou o número de mortos para nove, e oito pessoas estão desaparecidas. O órgão coordena as buscas no rio e não há previsão de até quando elas devem durar. Nesta semana, os bombeiros explicaram que a operação é difícil, porque a profundidade do local do acidente chega a 48 metros.