Suspeita de matar turista com 'Boa Noite, Cinderela' é presa no Rio
Do UOL, em São Paulo
22/03/2025 14h43
Uma mulher de 33 anos foi presa por suspeita de liderar uma quadrilha que aplicava o golpe "Boa Noite, Cinderela" em pontos turísticos do Rio de Janeiro.
O que aconteceu
Claudia Mayara Alves Soliva aplicava os golpes com outras duas mulheres em rodas de samba na Pedra do Sal, na Gamboa e na Lapa, segundo a polícia. Ela foi detida na noite de ontem, após a Justiça determinar a prisão preventiva.
Turistas e estudantes eram os principais alvos da quadrilha. Segundo a polícia, as mulheres se misturavam aos frequentadores desses locais e se apresentavam como garotas de programa. Após ganhar a confiança das vítimas, levavam-nas para a região do Parque União ou para as suas casas.
As vítimas eram drogadas com bebidas com tranquilizantes. Após os homens desmaiarem, as suspeitas faziam transferências bancárias e compras com seus cartões de crédito.
A mulher vai responder por latrocínio consumado e furto. A PCERJ informou que as investigações continuam para identificar a participação dos outros membros do grupo no crime.
Defesa. Não há até o momento nos registros do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro advogado constituído para a mulher. O espaço segue aberto para manifestação.
Morte de turista colombiano
Claudia passou a ser investigada após a morte do turista Manuel Felipe Martinez Mantilla, em agosto de 2024. O homem foi colocado desacordado em um carro de aplicativo no Parque União. O motorista, que levaria o colombiano até um hotel, desconfiou que ele estivesse passando mal e o levou a um hospital.
Manuel morreu pouco após dar entrada na unidade no Hospital Federal de Bonsucesso. Um laudo pericial detectou que o homem tinha consumido altas doses de calmantes, MDMA e etanol, o que sinalizava que ele tinha sido vítima do golpe de "Boa Noite, Cinderela".
Mesmo após a morte do homem, as suspeitas continuaram a usar o cartão de crédito dele. Uma das "compras" foi feita na máquina de cartão de crédito de um parente de Mayara, segundo o Ministério Público.