"O pior pro Paes será me encontrar no 2º turno", diz Martha
Em empate técnico nas pesquisas de intenção de voto com o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), a deputada estadual Martha Rocha (PDT) tenta virar votos e convencer os eleitores de que é a candidata com maior chances de enfrentar o líder nas pesquisas, Eduardo Paes (DEM), no segundo turno.
Por volta das 10h30 deste sábado (14), Martha fez campanha na feira da Ribeira, na Ilha do Governador (zona norte) em seu último dia de campanha eleitoral para a Prefeitura do Rio. Em entrevista ao UOL, criticou os ataques feitos a ela por Eduardo Paes durante a campanha e provocou: "O pior que pode acontecer para o Paes será me encontrar no 2º turno", disse.
Sem se preocupar com as pesquisas, a candidata se projeta na próxima fase da campanha. "Não me preocupo pensando se vou ou não vou chegar. Sou uma pessoa de fé", disse, "no 2º turno, os candidatos terão o mesmo tempo para apresentar propostas para o Rio".
Martha distribuiu santinhos e conversou com eleitores na feira. Em seguida, seguiu em carreata pela zona norte. No começo da tarde, fará campanha no NorteShopping, no Cachambi, também na zona norte. À noite, participará de uma bandeirada final na Lapa, região central do Rio.
Ao fazer um retrospecto da campanha, Martha admite que se surpreendeu com a própria candidatura. A conversa foi brevemente interrompida por um eleitor, que abriu voto na candidata. "É isso! É esse tipo de gesto espontâneo que me faz acreditar. A cidade do Rio está cansada de malandros e incompetentes".
Milícia nas urnas: "polícia precisa esclarecer os crimes"
Ela também se posicionou sobre o avanço da crime organizado durante a campanha eleitoral, retratado pelo UOL na série "Milícia nas urnas", que revelou denúncias de áreas com candidatos ligados ao crime e ao menos oito atentados, deixando três mortes.
"A polícia precisa esclarecer esses casos para saber se foram crimes políticos ou se tiveram outras motivações", analisou.
Martha relembrou quando o seu carro foi alvo de uma emboscada em janeiro de 2019 na Penha, zona norte do Rio. "E eu estava com a minha mãe de 89 anos no carro", contou. Na ocasião, o seu motorista foi atingido por um tiro no tornozelo.
Tragédia da Muzema e críticas a Crivella
Ela também fez críticas à gestão de Crivella no combate à milícia, suspeita de envolvimento em construções irregulares de prédios. E citou a tragédia causada pelo desabamento de dois edifícios irregulares na comunidade da Muzema, que deixou 24 mortos.
"A milícia faz construções irregulares em áreas de preservação ambiental. Não é possível que o prefeito [Marcelo Crivella] não soubesse disso", argumentou.
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