Rio herdará 'rombo' de R$ 10 bi nas contas, diz futuro secretário de Paes
O deputado federal e futuro secretário municipal de Fazenda do Rio, Pedro Paulo (DEM), afirmou hoje que a administração de Eduardo Paes (DEM) na capital herdará um déficit de R$ 10 bilhões do governo de Marcelo Crivella (Republicanos). Ele definiu a situação dos cofres públicos como "trágica".
A Secretaria Municipal de Fazenda diz não reconhecer esse déficit nas finanças da cidade. "As informações repassadas à equipe de transição, bem como os relatórios publicados pelos órgãos de controle, não apontam para esse montante", rebateu a pasta, por meio de nota dois dias após Pedro Paulo anunciar o valor.
"Estamos recebendo a prefeitura à beira do estouro da Lei de Responsabilidade Fiscal, com quase 55% de endividamento", afirmou. Fiel escudeiro de Paes, ele também refutou a narrativa de Crivella de que teria herdado dívidas do mandato anterior.
"Entregamos uma prefeitura com mais de R$ 50 milhões em caixa disponível para o prefeito iniciar o mandato com todos os salários quitados. Essa é uma prefeitura que enganou os relatórios, mas não enganou ou cofres públicos."
O déficit projetado de R$ 10 bilhões corresponde a mais de 30% do orçamento da cidade, que é de aproximadamente R$ 28 bilhões. Diante desse quadro, o pagamento do 13º salário dos servidores está sob risco.
A secretaria da Fazenda diz que "informações desse tipo podem gerar insegurança na sociedade, em particular servidores e fornecedores da Prefeitura". A pasta diz que, apesar da crise gerada pela pandemia, trabalha para aumentar a arrecadação e controlar despesas a fim de manter a continuidade da prestação de serviços públicos e os salários dos servidores em dia.
Plano de austeridade
A nova administração pretende colocar em prática um plano de austeridade fiscal a partir de 1º de janeiro.
O futuro secretário afirma que está trabalhando em mecanismos para reerguer o orçamento da cidade. Será realizada uma auditoria da folha de pagamento e dos principais contratos da prefeitura.
Pedro Paulo também disse que pode ser iniciado um novo plano de capitalização para o fundo de previdência.
Apenas as áreas da saúde e da educação não devem sofrer com o contingenciamento de despesas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.