Senado contraria pesquisas e tem índice de renovação superior a 80%
Matheus Mattos
Colaboração para o UOL, em São Paulo
03/10/2022 04h00
As eleições para o Senado em 2022 surpreenderam pelo número de candidatos eleitos pela primeira vez.
Das 27 cadeiras disponíveis, 22 foram preenchidas por candidatos que não estavam atuando no Senado. A taxa de renovação foi de 81,48%, igual à do ano de 2014.
Dos 13 candidatos à reeleição, apenas cinco tiveram sucesso. Otto Alencar (PSD-BA) e Omar Aziz (PSD-AM), senadores que ganharam muito destaque durante a CPI da Covid, em 2021, mantiveram suas cadeiras. Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Wellington Fagundes (PL-MT) e Romário (PL-RJ) completam a pequena lista de reeleitos.
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Dos senadores que conseguiram a eleição de forma inédita, mais da metade são de candidaturas de direita, que se aproximam ao bolsonarismo:
- Tereza Cristina (PP-MS),
- Damares Alves (Republicanos-DF),
- Marcos Pontes (PL-SP),
- Rogério Marinho (PL-RN),
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
- e Jorge Seif (PL-SC)
Magno Malta (PL-ES), que já atuou como senador por cerca de 15 anos, volta a compor o plenário do Senado depois de dois anos.
O PT também conseguiu inserir novos nomes ao Parlamento. Camilo Santana, ex-governador do Ceará, contou com o apoio de Lula e de Elmano de Freitas, eleito governador em primeiro turno, para chegar à vaga.
A professora Teresa Leitão (PT), candidata pela Frente Popular de Pernambuco, também estreia no Parlamento. Ainda há os petistas Wellington Dias (PI) e Beto Faro (PA).
A lista de novidades conta ainda com o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que venceu Alvaro Dias (Podemos) no Paraná, e Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão.