Empresário do Pará é filmado coagindo funcionários a votarem em Bolsonaro
O empresário do ramo de tijolos e telhas Maurício Lopes Fernandes Júnior, conhecido como "Da Lua", foi filmado induzindo seus funcionários a votarem em Jair Bolsonaro no segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva.
No vídeo, ele afirma que, na hipótese de vitória do petista, teria de fechar a empresa de cerâmica na cidade de São Miguel do Guamá (PA), porque "ninguém vai aguentar o pepino que vem". Fernandes Júnior diz que todos os trabalhadores, independentemente do cargo, poderiam dar o nome para, em caso de vitória de Bolsonaro, receberem R$ 200 cada um.
Segundo o artigo 299 do Código Eleitoral é crime "dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita". A pena previsa é de prisão de até quatro anos e pagamento de multa.
A gravação foi feita aparentemente com consentimento do empresário, pois o vídeo é encerrado com ele dizendo "Outra coisa, para de filmar?" e então a pessoa que fazia o registro obedece.
Apesar da fala associando o PT à impossibilidade de se empreender, Maurício abriu seu negócio no ano de 2013, quando o país era governado por Dilma Rousseff (PT).
Nas redes sociais, pessoas questionaram se o caso já havia chegado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O UOL procurou o empresário por e-mail e por telefone, mas não obteve retorno na apuração. O espaço segue aberto para pronunciamento.