Vereador que pediu CPI contra padre Júlio triplicou patrimônio em 4 anos
O vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União Brasil), que tenta a reeleição, quase triplicou seu patrimônio nos últimos quatro anos, segundo a declaração de bens feita ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O que aconteceu
Rubinho Nunes declarou à Justiça Eleitoral ter um patrimônio de R$ 572.209,55 neste ano. Antes de se eleger para seu primeiro mandato na Câmara Municipal, em 2020, o ex-integrante do MBL informou ter um patrimônio de R$ 193 mil (quase um terço do que apontou agora). O bem mais valioso declarado é um consórcio não contemplado, no valor de R$ 524.229,93.
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O enriquecimento foi de R$ 379.209,55 em quatro anos, conforme a declaração do vereador. O valor equivale a quase 20 meses de salário bruto de um vereador paulistano, atualmente de R$ 18.891,68.
O vereador diz estar "prosperando" em razão de "muito trabalho". "Sou advogado, com pós graduações e especializações. Proprietário do meu escritório. Autor do PL de educação financeira nas escolas. Estranho seria se meu patrimônio reduzisse. Graças a Deus e a muito trabalho, estou prosperando", disse ele ao UOL.
O político ficou conhecido por pedir CPI para investigar padre Júlio Lancellotti e por projeto para multar doação de comida. Polêmicas, as duas propostas não saíram do papel. Nunes diz ter "provas contundentes" de abusos cometidos pelo religioso, que atua há décadas no acolhimento da população de rua em São Paulo e nega as acusações.