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Nunes diz que vai deixar 'poeira assentar' para avaliar encontro com Marçal

Ricardo Nunes (MDB) não confirmou encontro com Pablo Marçal (PRTB), mas disse acreditar no apoio de seus eleitores Imagem: Montagem UOL

Do UOL, em São Paulo

07/10/2024 08h46

Ricardo Nunes afirmou nesta segunda-feira (7) que ainda não avaliou um possível encontro com Pablo Marçal, que ficou em terceiro lugar na eleição à Prefeitura de São Paulo.

O que aconteceu

Nunes afirmou que vai esperar a "poeira assentar" para analisar encontro. "Nós vamos sinalizar pra eles [eleitores] qual o nosso posicionamento, a favor de privatizações, ao contrário do outro lado [Guilherme Boulos]. Que preza pela ordem, ao contrário do outro lado. Com relação a encontro [com Marçal], vou deixar a poeira assentar e continuar com meu trabalho e mostrar o quanto os resultados estão positivos", afirmou o prefeito e candidato à reeleição em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Apesar de se esquivar sobre reunião, ele disse acreditar no apoio dos eleitores do ex-coach. "Logicamente o eleitor do Pablo...nós desejamos muito que venha conosco, até porque temos um perfil muito semelhante do que esses eleitores pensam da política, minha candidatura representa uma abordagem conservadora, à direita, contra a extrema esquerda", avaliou o candidato.

Marçal condiciou apoio a Nunes. Apesar da cautela do prefeito, o candidato do PRTB já sinalizou que deve apoiá-lo com condições. Na noite de domingo, o ex-coach afirmou que quer que Nunes "se comprometa a adotar as propostas" que ele tinha, sem entrar em detalhes sobre quais. Marçal falou com os jornalistas em frente à sua casa no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo.

Em comitê de Nunes, Marçal foi xingado. "Ei, Marçal, vai tomar no c....", foi cantado por assessores, apoiadores e políticos que se abraçaram e gritaram depois de a derrota do ex-coach ser confirmada, segundo a colunista do UOL Raquel Landim. Desde que o Datafolha projetou que Nunes e Boulos se enfrentariam no segundo turno, clima era de muita comemoração. "Chupa, Marçal!" — foi a primeira frase que se ouviu logo após o anúncio em um telão instalado no local e sintonizado na GloboNews.

"Ausência" de Jair Bolsonaro foi fruto de agenda cheia, diz Nunes. Em outras entrevista, questionado se o ex-presidente vai estar mais presente em sua campanha no segundo turno, Nunes disse acreditar que com o fim da eleição em várias cidades, Bolsonaro terá mais tempo para ajudá-lo. "Eu creio que sim, no primeiro turno ele acabou percorrendo muitas cidades no Brasil inteiro. Mas agora, no segundo turno, com muitas cidades já resolvidas, acho que ele vai ter mais tempo, e se ele puder vir vai ser muito bom, mas nós já temos o apoio do presidente Bolsonaro", disse à rádio CBN.

Tarcísio foi para o "front". O candidato ainda não poupou elogios ao atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmando que ele se provou uma pessoa "firme" e pode ser candidato à Presidência nas próximas eleições, caso Bolsonaro não converta sua inelegibilidade.

Nunes aproveitou para reforçar críticas a suposta "desordem" de Guilherme Boulos. O candidato do PSOL disputa o segundo turno com ele. O atual prefeito saiu na frente por apenas 25 mil votos de diferença — teve 29,48% dos votos válidos, enquanto Boulos 29,07%. Marçal teve 28,14%.

Soco e xingamentos

A discussão em torno do apoio acontece após um primeiro turno de brigas entre Nunes e Marçal. Os dois bateram boca depois de o ex-coach dizer que o prefeito foi chamado de "bandido" pela esposa. No debate da RedeTV!/UOL, Marçal se referiu a uma reportagem da Folha de S.Paulo, de abril deste ano, que revelou que a mulher de Nunes teria dito que era "casada com bandido" e ameaçado "chamar o PCC" durante uma discussão em 2014. Nunes negou.

Os candidatos também trocaram xingamentos nos bastidores do debate Flow News. "Tchutchuca do PCC, vou te investigar", provocou Marçal. "Condenadinho", respondeu Nunes, em 23 de setembro.

No mesmo dia, o cinegrafista e sócio de Marçal deu um soco em marqueteiro de Nunes. Pessoas presentes no estúdio disseram que Duda Lima tentou cobrir a câmera do celular de Nahuel Medina, que reagiu com agressão. Os envolvidos seguiram para o 16º DP, na Vila Clementino, zona sul da capital.

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