Petróleo vaza sem controle no golfo do México após problemas em tampa de contenção
Veja álbuns de fotos especiais do desastre
Óleo chega à região costeira dos EUA |
Animais são afetados pelo vazamento |
Compare o tamanho da mancha de petróleo |
A Guarda Costeira norte-americana afirmou nesta quarta-feira (23) que a BP (antiga British Petroleum) foi obrigada a retirar uma tampa de contenção no mar, instalada em junho, que auxiliava na captura do vazamento de óleo no golfo do México, segundo o jornal "The New York Times". Com isso, o petróleo vaza sem controle pelo golfo do México.
Segundo o almirante Thad Allen, um robô submarino colidiu com o sistema de ventilação da tampa de conteção. Isso causou um aumento do gás que passa através da ventilação e evitava a formação de cristais de gelo no sistema.
De acordo com Allen, a tampa foi retirada e os técnicos estão verificando se cristais se formaram, antes de colocar o aparelho novamente no lugar.
Enquanto isso, outro sistema usado pela BP continua queimando óleo na superfície do golfo do México.
Na terça-feira, a BP comemorou que os dois sistemas de captação e queima de óleo haviam superado todas as estimativas diárias de recuperação do petróleo.
A BP também anunciou hoje a substituição do executivo-chefe, Tony Hayward, como principal responsável da gestão direta dos esforços para atenuar as consequências do maior vazamento de petróleo na costa americana. Hayward sofreu forte crítica ao ser visto em uma corrida de iate na Ilha de Wight, na costa sul da Inglaterra, durante dia de folga no último sábado (19).
Em comunicado, a BP informou que criou um departamento especial para gerir a catástrofe ambiental, que será coordenada pelo diretor do conselho de administração da BP, Robert Dudley.
Dudley, de nacionalidade americana e que entrou na BP quando o grupo britânico adquiriu a Amoco em 1998, era até agora membro do conselho de administração da companhia, encarregado das atividades nas Américas e na Ásia.
Hayward foi interrogado no Congresso norte-americano na quinta-feira (17) sobre o vazamento de petróleo, na tentativa de demonstrar o compromisso da petrolífera em resolver a maior tragédia ambiental da história dos Estados Unidos. Durante o depoimento, Hayward irritou os congressistas ao afirmar que não era informado sobre os detalhes técnicos das perfurações de petróleo e dar respostas evasivas.
* Com agências internacionais
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