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Nova lei permite indenização maior para vítimas de explosão em plataforma da BP no golfo do México

Do UOL Notícias* <br> Em São Paulo

01/07/2010 18h22

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (equivalente à Câmara dos Deputados do Brasil) aprovou nesta quinta-feira (1°) a primeira lei relacionada à explosão da plataforma Deepwater Horizon, que causou o vazamento de petróleo no golfo do México. A nova lei permite que as famílias dos trabalhadores mortos e feridos durante a explosão recebam indenização maior do que a atual lei do país permite. A lei segue agora para o Senado.

Além das famílias dos trabalhadores da plataforma Deepwater Horizon, controlada pela BP, a lei também é aplicada a qualquer acidente nas demais plataformas de petróleo que operam em alto mar.

Ontem, diversos grupos de proteção aos animais selvagens abriram ação federal contra a BP, acusada de violar a Lei de Espécies Ameaçadas ao queimar tartarugas em extinção nos esforços de limpeza em alto mar.

A ação, apresentada pelo Instituto do Bem-Estar Animal e outros grupos, pedem ao juiz distrital Carl Barbier a restrição da queima do óleo controlada pela BP.

Eubanks William, advogado dos grupos de proteção, afirmou que é uma “certeza virtual” que as tartarugas marinhas foram capturadas e queimadas vivas nos currais que a BP usa para reter e incendiar o óleo.

Os grupos apresentaram uma declaração juramentada do capitão de um dos barcos que trabalha nos esforços de limpeza que diz ter observado a queima e é “quase certo” que os animais estavam presos nas “caixas de queima”.

Mark Proegler, um dos representantes da BP, disse que a empresa tentou evitar a queima acidental de tartarugas, com a ajuda da tripulação dos barcos que checavam a presença de animais antes da queima do petróleo.

Proegler afirmou também que a ideia de que as tartarugas podem ter sido acidentalmente queimadas é “chocante”. “Isso nunca foi feito intencionalmente”, disse. “Eu não posso dizer com certeza que nunca nenhum animal foi queimado, mas todo o esforço é tomado para evitar isso”, completou.

O juiz Carl Barbier deve analisar nesta sexta-feira (2) o pedido dos grupos de restringir temporariamente a queima no golfo do México.

*Com informações de agências internacionais