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Na Justiça, ambientalistas acusam BP de queimar tartarugas marinhas no golfo do México

Fotografia aérea mostra a queima do petróleo captado no golfo do México pelas equipes de limpeza da BP; <b>VEJA MAIS FOTOS DA TRAGÉDIA</b> - Peter Andrew Bosch/AP
Fotografia aérea mostra a queima do petróleo captado no golfo do México pelas equipes de limpeza da BP; <b>VEJA MAIS FOTOS DA TRAGÉDIA</b> Imagem: Peter Andrew Bosch/AP

Do UOL Notícias <br> Em São Paulo

01/07/2010 17h03

A prática da queima de petróleo realizada pela BP para aliviar o vazamento no golfo do México está, provavelmente, matando tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. Diversos grupos de proteção aos animais selvagens abriram ação federal contra a empresa, acusada de violar a Lei de Espécies Ameaçadas.

A ação, apresentada ontem pelo Instituto do Bem-Estar Animal e outros grupos, pedem ao juiz distrital Carl Barbier a restrição da queima do óleo controlada pela BP.

Alex ainda dificulta esforços de limpeza da BP

Depois de enfraquecer e se tornar novamente uma tempestade tropical nesta quinta-feira (1°), Alex ainda dificulta os esforços de limpeza da BP (antiga British Petroleum) no golfo do México. O mau tempo ameaçou empurrar ainda mais óleo para as praias da costa norte-americana e forçou a parada da pulverização de produtos químicos, dispersantes e queima controlada do petróleo na superfície do oceano.

Eubanks William, advogado dos grupos de proteção, afirmou que é uma “certeza virtual” que as tartarugas marinhas foram capturadas e queimadas vivas nos currais que a BP usa para reter e incendiar o óleo.

Os grupos apresentaram uma declaração juramentada do capitão de um dos barcos que trabalha nos esforços de limpeza que diz ter observado a queima e é “quase certo” que os animais estavam presos nas “caixas de queima”.

Mark Proegler, um dos representantes da BP, disse que a empresa tentou evitar a queima acidental de tartarugas, com a ajuda da tripulação dos barcos que checavam a presença de animais antes da queima do petróleo.

Proegler afirmou também que a ideia de que as tartarugas podem ter sido acidentalmente queimadas é “chocante”. “Isso nunca foi feito intencionalmente”, disse. “Eu não posso dizer com certeza que nunca nenhum animal foi queimado, mas todo o esforço é tomado para evitar isso”, completou.

O juiz Carl Barbier deve analisar nesta sexta-feira (2) o pedido dos grupos de restringir temporariamente a queima no golfo do México.

*Com agências internacionais