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BP pode voltar a perfurar reservatório que causou o pior vazamento de óleo da história

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

06/08/2010 14h13

A petrolífera BP disse nesta sexta-feira (6) que pode voltar a fazer perfurações no mesmo reservatório de óleo, no Golfo do México, onde ocorreu o pior vazamento acidental do mundo na história.

A afirmação foi feita por autoridades da empresa em uma coletiva de imprensa. Doug Suttles, diretor de operações da BP, afirmou que “há lotes de petróleo e gás” na região do reservatório.

A empresa disse que está funcionando a tentativa de fechar o buraco que causou o vazamento com jatos de cimento. A BP afirmou que espera conter definitivamente o vazamento até o dia 15 de agosto.

Apesar da tentativa estar dando certo, as consequências dos danos ambientais e econômicos causados pelo vazamento devem se prolongar. "Estamos longe de terminar", disse Suttles. "É claro que sinto sua mudança para uma nova fase, porque nós temos três semanas sem óleo novo fluindo para o mar. Mas ainda temos muito trabalho a fazer em todo o litoral (norte-americano)", disse ele.

Números do desastre
Na última segunda-feira (2), o governo dos EUA anunciou que cerca de 780 milhões de litros de petróleo vazaram no golfo do México desde que a plataforma Deepwater Horizon explodiu, há 109 dias.

"No total, as equipes de pesquisadores estimam que aproximadamente 4,9 milhões de barris de petróleo foram derramados", informou a nota oficial, detalhando que esses números são os mais precisos até o momento, com uma margem de erro estimada de 10%, para mais ou para menos.

O volume derramado é o maior da história da indústria petrolífera entre os vazamentos acidentais. O segundo maior é um desastre de 1979, também no golfo do México, quando foram derramados 3,3 milhões de barris após a explosão de uma plataforma da companhia Pemex.

O maior de todos foi um derramamento intencional, feito pelas forças iraquianas durante a Guerra do Golfo, em 1991, quando entre 5 milhões e 10 milhões de barris foram despejados no golfo Pérsico.

*Com agências internacionais