Governo de Minas envia equipe para ajudar família de brasileiro morto em chacina no México
Uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese) chega na tarde de hoje (1°) ao município de Sardoá, no interior do Estado, para auxiliar as famílias de Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, e de Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos.
O corpo de Fernandes foi identificado entre os das 72 pessoas mortas na chacina de imigrantes no México. Os documentos de Santos foram encontrados pelo governo mexicano no local do massacre, mas o corpo ainda não foi identificado.
Até o momento, apenas 31 vítimas foram identificadas. Os corpos foram localizados há cerca de uma semana em uma fazenda em Reynosa, próxima à cidade de San Fernando, no estado de Tamaulipas, na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
De acordo com a Sedese, o grupo enviado a Sardoá conta com um assistente social que deve auxiliar as famílias. O governo mexicano pagará o traslado dos corpos de todos os imigrantes mortos. O governo de Minas Gerais se comprometeu a arcar com as despesas com o enterro de Juliard e também de Hermínio, caso o corpo dele seja identificado.
A equipe leva ainda um formulário a ser preenchido pelas famílias com dados pessoais dos rapazes. O documento será entregue ao Ministério das Relações Exteriores para facilitar, inclusive, a impressão de certificados de óbito e a liberação dos corpos. Não há previsão de quanto tempo a equipe deve ficar em Sardoá.
Juliard e Hermínio deixaram o estado juntos rumo ao México e, segundo parentes, planejavam seguir para os Estados Unidos.
Dos 31 corpos já identificados, 14 vítimas são de Honduras, 12 de El Salvador e quatro da Guatemala. O equatoriano Freddy Lala, que sobreviveu ao massacre, contou que os 58 homens e as 14 mulheres viajavam a caminho dos Estados Unidos quando foram sequestrados pelo grupo de criminosos e mortos a tiros. De acordo com testemunho dele, os imigrantes se recusaram a trabalhar para os sequestradores, por isso foram assassinados.
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