Manifestações no Marrocos deixam pelo menos 128 feridos, diz governo
Os últimos protestos no Marrocos deixaram pelo menos 128 feridos, 120 presos e cinco corpos carbonizados – que foram localizados hoje (21) em uma agência bancária na cidade de Al Hoceima, no norte do país. As informações foram confirmadas pelo ministro do Interior marroquino, Taib Cherkaoui, segundo a agência pública de notícias de Portugal, a Lusa.
Ontem (20), os manifestantes se concentraram na capital marroquina, Rabat, para protestar contra o governo e pedir ao rei Mohammed para abrir mão de parte de seus poderes, de acordo com a "BBC Brasil". O protesto foi organizado por grupos opositores, incluindo um autodenominado Movimento por Mudanças 20 de Fevereiro.
Durante o protesto em Rabat, os manifestantes gritavam slogans como "O Povo Quer a Queda do Regime” e “O Povo Rejeita uma Constituição Feita para Escravos”. Segundo testemunhas do protesto, os manifestantes seguiram em passeata em direção ao Parlamento, sem sofrer a oposição da polícia.
“Este é um protesto pacífico para pressionar por reformas constitucionais, para restaurar a dignidade e para acabar com a corrupção e o saqueamento do dinheiro público”, afirmou Mustapha Muchtati, do grupo Baraka (Chega).
O ministro das Finanças do Marrocos, Salaheddine Mezouar, pediu à população que não participe da passeata. "Qualquer deslize, em um espaço de poucas semanas, pode nos custar o que alcançamos nos últimos dez anos”, disse. Houve protestos também em outras cidades, como Casablanca e Marrakech.
O Marrocos é mais um dos países árabes e muçulmanos que vêm enfrentando protestos contra o governo nas últimas semanas, desde o levante popular que derrubou o governo da Tunísia, em janeiro, o então presidente do Egito, Hosni Mubarak, no começo deste mês, e que se alastra por parte dos países do Norte da África e do Oriente Médio.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.