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EUA e Israel têm diferenças sobre processo de paz, diz Obama

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e o presidente americano, Barack Obama - Jim Young/Reuters
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e o presidente americano, Barack Obama Imagem: Jim Young/Reuters

Do UOL Notícias

Em São Paulo

20/05/2011 15h20

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu nesta sexta-feira (20) após sua reunião com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que persistem as diferenças entre os dois países a respeito do caminho a seguir no processo de paz no Oriente Médio.

Obama disse que enxerga um momento de oportunidade e "perigo" no Oriente Médio e afirmou que os EUA e Israel têm "diferenças" a respeito do processo de paz com os palestinos, estancado desde o ano passado. Segundo o presidente americano, o processo de paz "só pode acontecer se Israel estiver seguro" e as negociações, apesar das diferenças, vão ocorrer em um clima "amigável".

Netanyahu, por sua vez, disse que voltar às fronteiras de 1967 é "indefensável", em referência ao discurso do presidente americano feito ontem. “Israel pode fazer algumas concessões nas conversas de paz, mas as fronteiras de 1967 são indefensáveis”, disse o premiê israelense. “Israel não pode voltar a essas fronteiras”, completou Netanyahu.

Segundo o israelense, para que seja possível iniciar um processo de negociação, Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, terá que escolher entre o “Hamas e a paz com Israel”.

Os dois governantes se reuniram nesta sexta-feira por mais de duas horas, o dobro do tempo previsto inicialmente, no Salão Oval da Casa Branca, um dia depois que Obama propôs "um Estado palestino baseado nas fronteiras de 1967".

O primeiro-ministro destacou ainda que “o problema dos refugiados palestinos deve ser resolvido, e pode ser”.

Além da questão palestina, as manifestações no mundo árabe em países como Egito, Líbia, Iêmen, entre outros, também foram discutidas, e Obama disse estar particularmente “preocupado” com a situação na Síria, onde nesta sexta-feira, mais de 20 manifestantes foram mortos durante a repressão das forças de segurança aos protestos.