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Dilma propõe articulação de Brasil e África do Sul por solução política para crise na Líbia

Thiago Chaves-Scarelli<br>Do UOL Notícias

Em São Paulo

02/06/2011 18h26Atualizada em 02/06/2011 18h55

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, propôs a seu colega da África do Sul, Jacob Zuma, que os dois países articulem no Conselho de Segurança da ONU uma saída política para a crise na Líbia, segundo informações confirmadas ao UOL Notícias pela assessoria da Presidência.

Por volta das 15h de hoje, Zuma telefonou para Dilma e os dois líderes conversaram durante cerca de 10 minutos sobre a crise na Líbia e a futura liderança do Fundo Monetário Internacional.

Zuma, que se reuniu pessoalmente com o líder líbio Muammar Gaddafi esta semana, relatou a Dilma seus esforços na negociação de uma saída para a crise.

Segundo a assessoria da Presidência, Dilma e Zuma expressaram preocupação com a deterioração da situação humanitária na Líbia, onde rebeldes e aliados de Gaddafi se enfrentam há mais de 100 dias.

Os dois líderes também questionaram as ações da Otan em meio ao conflito, apontando que a aliança militar ocidental estaria ultrapassando suas atribuições.

Dilma também citou impactos negativos do conflito sobre a população civil e, por sugestão dela, ficou acordado que os dois países se articulariam no Conselho de Segurança da ONU para buscar uma saída política para a crise.

FMI

O presidente Zuma também consultou Dilma sobre a posição do Brasil diante de uma eventual candidatura do ex-ministro das Finanças sul africano Trevor Manuel à chefia do FMI.

Zuma disse acreditar que os países em desenvolvimentos devem ter uma oportunidade de dirigir o fundo e ouviu de Dilma que o Brasil tem sido enfático na defesa de maior participação dos emergentes em organismos internacionais.

Dilma também repetiu para Zuma o que o governo brasileiro já havia dito diante das consultas de França e México: o país espera a consolidação do quadro de candidaturas  para confirmar seu apoio e defende que o processo de escolha do próximo dirigente do fundo seja aberto, transparente, independente das nacionalidades e orientado por questões de mérito.