Oito anos após a invasão americana, Brasil volta a ter embaixada no Iraque
Os ministros de segunda classe, Zenik Krawctshuk e Ánuar Nahes, nomeados para as embaixadas do Brasil no Iraque e em Honduras, respectivamente
O Brasil voltará a ter embaixadores em Honduras e no Iraque conforme aprovou nesta quinta-feira a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Zenik Krawctshuk e Ánuar Nahes foram escolhidos para representar o país, respectivamente, em Tegucigalpa e Bagdá. As indicações ainda serão aprovadas no Plenário.
Oito anos depois da invasão do Iraque por tropas dos Estados Unidos, o Brasil vai se somar às 52 embaixadas existentes em Bagdá. Dessas 52, observou, 26 estão "funcionais e atuantes". ”Quando a situação de segurança melhorar, o potencial é enorme. Há toda uma relação para se reconstruir”, disse Nahes, cuja indicação teve como relator o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
A embaixada brasileira em Bagdá foi aberta em 1972. O Iraque já chegou a fornecer 40% do petróleo consumido no Brasil. Como lembrou ainda o diplomata, grandes empresas construtoras brasileiras tiveram no Iraque a sua "primeira grande experiência" fora do Brasil.
Honduras
Krawctsuk, indicado pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), já está em Honduras, onde até o momento trabalha como encarregado de negócios na embaixada brasileira. Assim que sua indicação for confirmada, ele assumirá o posto de embaixador dois anos depois do golpe de Estado que derrubou o então presidente Manuel Zelaya em 28 de junho de 2009.
Após o retorno de Zelaya e a readmissão de Honduras na Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1º de junho, o Brasil reestabeleceu suas relações com o país.
Segundo Krawctsuk, Honduras espera "gestos positivos de aproximação" do Brasil. Ele informou que já está em andamento o programa Estudante Convênio, que permite a matrícula de estudantes hondurenhos em universidades brasileiras. Disse ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de aprovar financiamento para a construção de duas hidrelétricas em Honduras.
*Com informações da Agência Senado
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