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EUA resgatam iranianos reféns de piratas; Irã classifica ato como "gesto humanitário positivo"

Do UOL

Em São Paulo

07/01/2012 12h33

Poucos dias após o alerta do Irã para que não retornasse ao Golfo, a força naval norte-americana nas proximidades do Mar da Arábia resgatou 13 pescadores iranianos que foram feitos reféns por piratas há mais de um mês, informou a marinha americana na sexta-feira.

Militares do grupo de ataque do porta-aviões USS John C. Stenis - alvo de ameaças de Teerã na terça-feira, em meio à tensão com os Estados Unidos - disseram que libertaram os iranianos sem disparar um só tiro. Quinze piratas foram presos, e acredita-se que eles sejam da Somália.

"Quando os liberamos, eles seguiram os seus caminhos muito felizes, acenando para nós, usando os bonés do USS Kidd, da Marinha", disse o contra-almirante Craig Faller, comandante do grupo de ataque. O USS Kidd é um destroyer de mísseis guiados.

Os EUA não têm relações diplomáticas com Teerã, que está em disputa com Washington e outros governos ocidentais sobre seu programa nuclear. O Departamento de Estado dos EUA disse que não houve comunicação oficial com o Irã sobre o resgate, descrito como um "gesto humanitário".

O Irã avaliou positivamente a liberação dos 13 iranianos. "Consideramos a ação das forças americanas que salvaram a vida de marinheiros iranianos como um gesto humanitário positivo e felicitamos essa iniciativa", disse o porta-voz do Ministério iraniano de Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, ao canal de televisão Al Alam.

O Reino Unido também enviou seu mais recente navio de guerra ao Golfo para realizar uma primeira missão, prevista há mais de um ano, mas que se realiza em um contexto de tensões entre as potências ocidentais e o Irã com relação ao estreito de Ormuz.

O navio "Daring" irá se unir aos outros barcos militares britânicos que se encontram na região, anunciou neste sábado o ministério britânico de Defesa. 

A marinha britânica "possui uma presença contínua" no Golfo "há muitos anos", disse um porta-voz do ministério, dizendo que o Daring "substitui a uma fragata atualmente na zona e que se trata de uma ação rotineira e prevista há muito tempo".

O Daring, cuja formato dificulta sua identificação por radares, é o primeiro de seis novos destroyer (contratorpedeiros) que substituirão os navios britânicos que estão a serviço desde os anos 1970. (Com agências internacionais)