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Sob tensões políticas, Timor Leste consegue fechar acordo para governo de coalizão

Renata Giraldi

Da Agência Brasil, em Brasília

16/07/2012 09h35

Em meio a uma série de divergências entre as correntes políticas no Timor Leste, o Partido Democrático, o terceiro mais importante do país, informou nesta segunda-feira (16) ao Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) que aceita formar um governo de coalizão. No domingo, (15) aconteceram vários incidentes envolvendo manifestantes nas principais cidades do Timor Leste.

Nas eleições do último dia 7, o CNRT, comandado pelo primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, obteve 36% dos votos, garantindo 30 deputados no Parlamento. A Fretilin, do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, obteve 28,87% dos votos, assegurando lugar para 25 deputados.

O PD ficou em terceiro lugar, em número de parlamentares eleitos. O principal nome do partido é o presidente do Parlamento, Fernando La Sama de Araújo. Nas eleições, o PD obteve 10,39%, ficando com dez parlamentares e a Frente Mudança conseguiu 3,11% dos votos, garantindo lugar para dois deputados.

"Antes da conferência do Conselho Nacional da Reconstrução Timorense [CNRT], o Partido Democrático também convocou uma conferência com os responsáveis de todos os distritos em que unanimemente decidiram participar do governo", disse o secretário do conselho político nacional do PD, António da Conceição.

A prioridade para o PD, segundo Conceição, é buscar as metas definidas no acordo político e nos quatro pilares do Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional, aprovado em 2011. No plano, que reúne metas até 2030, há propostas de desenvolvimento social, nas áreas de educação, saúde e reintegração social. (Com Lusa)