ONU enviará observadores para acompanhar eleições na Venezuela

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1. Após barrar UE, Maduro aceita ONU nas eleições da Venezuela. O governo de Nicolás Maduro aceitou a presença de especialistas das Nações Unidas após barrar, no mês passado, uma comitiva da União Europeia que iria monitorar as presidenciais de 28 de julho. Segundo a ONU, quatro observadores da organização acompanharão o processo eleitoral a partir da primeira semana de julho. A equipe fará um relatório interno, que incluirá recomendações para eleições futuras. Em nota, a ONU afirma que o painel de especialistas é um dos mecanismos de assistência eleitoral. Nesse caso, não é uma missão com mandato do Conselho de Segurança e, por essa razão, não haverá declarações públicas sobre o processo ou o resultado das eleições.

2. Bombardeio israelense mata 10 familiares de líder do Hamas. A informação é da Defesa Civil da Faixa de Gaza. O exército israelense afirmou ter visado combatentes do grupo islâmico que estavam em complexos escolares no campo de refugiados de Al Shati e em outra zona no norte de Gaza. Mas não confirmou a informação sobre as mortes de familiares de Ismail Haniyeh, chefe do braço político do Hamas, exilado no Qatar. Em abril, as forças israelenses assumiram ter matado três filhos e quatro netos de Haniyeh, também em Al Shati. Na época, o líder do Hamas declarou que Israel já havia matado mais de 60 membros de sua família.

3. Rússia inicia julgamento de jornalista americano acusado de espionagem. Evan Gershkovich, do Wall Street Journal, está detido há 15 meses e corre o risco de ser condenado a até 20 anos de prisão. A Justiça russa nunca detalhou as acusações. Na sessão a portas fechadas hoje, foi fixada uma nova audiência em agosto, segundo a agência Tass. O governo americano afirma que a Rússia criou um caso fictício para trocar o jornalista por russos presos em países ocidentais, entre eles um membro dos serviços de inteligência, o FSB, condenado à prisão perpétua na Alemanha. Na terça, o Tribunal Penal Internacional da ONU emitiu mandados de prisão contra o ex-ministro da Defesa Serguei Ghoigu e o atual número dois da pasta, general Valeri Gerasimov.

4. Delegado da PF será o primeiro brasileiro a comandar a Interpol. Valdecy Urquiza - chefe da diretoria de cooperação internacional da PF e que já é, desde 2021, vice-presidente para as Américas da Interpol - venceu a eleição realizada pelo comitê executivo e que tinha três outros nomes na disputa. Em um século de existência, a organização com sede em Lyon, na França, criada para promover a cooperação policial internacional, sempre foi dirigida por europeus e americanos. A indicação do brasileiro deve ser ratificada pela assembleia-geral da Interpol em novembro.

5. EUA classificam violência armada como crise de saúde pública. Mais de 50 mil pessoas morrem baleadas por ano no país, segundo dados do governo. Metade das mortes foi causada por suicídios, seguidos de homicídios e acidentes. Vivek Murthy, conselheiro médico dos EUA, divulgou um relatório afirmando que a violência por armas de fogo se tornou a principal causa de mortes de crianças e adolescentes no país. Murthy fez um apelo à população para tentar atenuar o problema que afeta, segundo ele, principalmente negros e jovens.

Julian Assange chega à Austrália após ser libertado no Reino Unido
Julian Assange chega à Austrália após ser libertado no Reino Unido Imagem: David Gray/AFP

Deu na BBC: "Como o acordo para libertar Assange foi concluído". A BBC escreve que o acordo entre a Justiça britânica e a dos EUA para a libertação de Julian Assange, fundador de WikiLeaks, é uma sutil mistura de engenharia jurídica e diplomática. Nos bastidores, o premiê australiano, Anthony Albanese, foi o artesão discreto do compromisso. Diplomatas queriam resolver o antigo contencioso entre o Reino Unido e os EUA após a assinatura do pacto de defesa Aukus, entre os EUA, Reino Unido e Austrália, e antes das eleições na Grã-Bretanha, em 4 de julho. Há meses a Justiça penal britânica negociava com a dos EUA um acordo em que o acusado aceita cooperar com a acusação em troca de uma redução da pena. Após Assange aceitar a proposta, o presidente Joe Biden declarou, em abril, que considerava abandonar as acusações. Leia mais.

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