África do Sul monta comissão para investigar mortes de 34 mineiros
![Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, visita os mineiros feridos no massacre - AFP](https://conteudo.imguol.com.br/2012/08/18/18ago2012---o-presidente-da-africa-do-sul-jacob-zuma-visita-os-feridos-no-massacre-ocorrido-em-uma-mina-na-localidade-de-marikana-a-cerca-de-100-km-de-johanesburgo-o-episodio-aconteceu-na-ultima-1345294437864_615x300.jpg)
Uma comissão interministerial de inquérito, nomeada pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, vai investigar o episódio que resultou em 34 mortes de trabalhadores da mina de platina de Marikana, noroeste do país, no dia 15 de agosto. Inicialmente, o governo chegou a anunciar 36 mortes. A comissão será presidida pelo ministro da Presidência [o equivalente à Casa Civil], Collins Chabane, e é formada por mais 11 ministros.
De acordo com o governo, o primeiro trabalho é prestar assistência às famílias das vítimas, incluindo apoio para aconselhamento psicológico e os preparativos e custos dos enterros. As atividades da comissão começam nesta segunda-feira (20) em Marikana, onde está a mina da empresa Lonmim - a maior produtora de platina do mundo.
As mortes ocorreram em meio a conflitos entre os trabalhadores e policiais que tentavam contê-los durante protesto. Em greve, os mineiros revindicavam aumento salarial de 12% e melhorias nas condições de trabalho. Imagens registradas pelas emissoras de televisão mostraram que os trabalhadores foram atacados com armas de fogo, enquanto tentavam se defender com paus e pedras.
Os mineiros estão em greve desde o último dia 10. Ontem (19), os trabalhadores da Lonmim se recusaram a voltar ao trabalho. Segundo eles, o retorno às atividades era um um insulto aos mortos. Nos bairros de mineiros, em torno de Marikana, o clima de tensão predomina. Os relatos são que além dos mortos, ainda há feridos hospitalizados. No dia 15, 78 pessoas ficaram feridas nos conflitos.
Parte da imprensa sul-africana diz que o ex-líder da Juventude do Partido no Poder (o Congresso Nacional Africano) Julius Malema contribuiu para aumentar a tensão ao apelar aos trabalhadores que "intensifiquem a luta" e responsabiliza Zuma pelos acontecimentos.
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