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Fantasias de candidatos a vice são as mais procuradas no Halloween dos EUA

Máscaras dos vice-candidatos à Presidência dos EUA Joe Biden (à esquerda) e Paul Ryan são vendidas em loja de Chicago - Fabiana Uchinaka/UOL
Máscaras dos vice-candidatos à Presidência dos EUA Joe Biden (à esquerda) e Paul Ryan são vendidas em loja de Chicago Imagem: Fabiana Uchinaka/UOL

Fabiana Uchinaka

Do UOL, em Chicago (EUA)

01/11/2012 00h54

O Dia das Bruxas nos Estados Unidos não é só um momento de gostosuras e travessuras. Para quem já passou da idade de bater de porta em porta pedindo doces, a noite do Halloween, celebrada em 31 de outubro, é uma grande balada para jovens festeiros tirarem suas fantasias do guarda-roupa.

Na véspera das eleições presidenciais, o modelito mais pedido é o dos políticos. Mas, por incrível que pareça, os populares por aqui são os vices: o democrata Joe Biden e o republicano Paul Ryan deixam Barack Obama e Mitt Romney no chinelo.

"O que acontece é que os vices são mais carismáticos", explica Costa Panayotou, dono de uma das maiores lojas de fantasias da rua Madison, no centro de Chicago. "É mais divertido para entrar na brincadeira."

Aparentemente são mesmo. Apesar de Obama ser conhecido por sua capacidade de cativar plateias, nesta eleição ele andou decepcionando.

Para quem não se lembra, o debate protagonizado por Biden e Ryan pouco depois do confronto pouco empolgante de Obama e Romney, no começo de outubro, deu muito mais o que falar.  Biden, 69, partiu para o ataque contra Ryan, 42, em uma animada discussão sobre políticas econômicas e externas.

 

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  • http://noticias.uol.com.br/enquetes/2012/10/11/quem-voce-gostaria-que-fosse-o-novo-presidente-dos-eua.js

O experiente democrata levou apenas pequena vantagem sobre o jovem ultraconservador, que se consolidou como proeminente figura do movimento Tea Party.

Segundo Panayotou, a loja já vendeu mais de cem máscaras de políticos nos dias que antecederam o Halloween. Apesar de os vices liderarem, os candidatos presidenciais também vendem bem.

"Normalmente, vendemos meio a meio de cada um. No fim, as pessoas compram as máscaras de um determinado candidato ou porque gostam dele ou porque não gostam e querem tirar sarro. Então, fica dividido", conta o proprietário.

Mas, quando o dono não está olhando, o funcionário entrega, baixinho: "Aqui em Chicago só da Obama".

Ele tira a máscara do presidente, que tinha colocado a pedido da reportagem, e se prepara para vestir a de Romney. "Tudo em nome do jornalismo", brinca, fazendo careta.

O vendedor Rodolfo Polanco conta que prefere Obama porque "o Partido Republicano é um retrocesso em todas as maneiras que se pode imaginar". "Acho que esse é o jeito mais simples de colocar a questão", diz.

No Estados Unidos, existe uma "lenda" de Halloween, que diz que as vendas das máscara de um ou outro candidato pode indicar o resultado das eleições. Isto teria acontecido nas últimas quatro disputas.

Para quem ficou curioso, neste ano, a Spirit Halloween, que possui mil lojas de fantasias pelo país, disse que entre os dois personagens as vendas ficaram divididas em 64% para Obama e 36% para Romney. 

Eleições 2012 nos EUA
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