Mulher é detida por suspeita de sabotar adega após demissão na Espanha

A ex-funcionária de uma adega foi detida pela polícia, nesta quinta-feira (27), suspeita de sabotar a própria empresa em que trabalhava, ao abrir cinco barris e derramar cerca de 60 mil litros de vinho. O caso aconteceu em fevereiro, em Valladolid (Espanha). O prejuízo foi de 2,5 milhões de euros (ou quase R$ 15 milhões na cotação atual).

O que aconteceu

Agentes cercaram casa de mulher durante a madrugada de hoje. As investigações concluíram que a mulher acessou às instalações da adega Cepa 21 por meio de uma chave na porta da sala e digitou o código para desativar o alarme, segundo informações do jornal local El Mundo.

Ela invadiu o local e esvaziou os barris. Dois dos cinco estavam vazios, mas os outros três armazenavam os vinhos mais comercializados, considerados de excelente qualidade, conforme relatório elaborado pela Guarda Civil. A ex-funcionária (que não teve o nome identificado) teria sido demitida dois dias antes da sabotagem.

A mulher foi liberada após se negar a prestar depoimento à polícia. O juiz que determinou a liberdade considerou que não havia risco de fuga. O parceiro da ex-funcionária —suspeito de envolvimento no caso— também foi liberado.

Imagens de câmeras de vigilância mostram uma pessoa encapuzada. Ela percorre os tanques de vinho e os abre, esparramando pelo chão o líquido. No total, 60 mil litros, equivalentes a cerca de 80 mil garrafas, de vários vinhos tintos de alto padrão se perderam, revelou a Cepa 21, na ocasião.

[Essa pessoa] causou um grande prejuízo econômico (...) mas mais do que isso, [cometeu] um atentado contra os trabalhadores da Cepa 21, contra nossos viticultores, que lutam todos os anos para colher a melhor uva.
José Moro, presidente da Cepa 21, em entrevista à rede espanhola TVE

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