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Coreia do Norte sugere a diplomatas russos e britânicos que deixem a capital

Do UOL, em São Paulo

05/04/2013 09h44

O governo da Coreia do Norte aconselhou as embaixadas da Rússia e do Reino Unido que considerem a possibilidade de retirada de pessoal de Pyongyang, caso as tensões aumentem.

“Podemos confirmar que a embaixada britânica em Pyongyang recebeu uma comunicação do governo norte-coreano nesta manhã”, afirmou um porta-voz do ministério das Relações Internacionais do Reino Unido, ao jornal Telegraph.

Segundo o porta-voz da embaixada russa em Pyongyang, Denis Samsonov, os diplomatas receberam visita de representantes norte-coreanos, que fizeram pessoalmente o pedido.

A Coreia do Norte teria dito que não conseguiria garantir a segurança das embaixadas e de organizações internacionais no país em caso de conflito, a partir do dia 10 de abril. 

O Brasil mantém relações com a Coreia do Norte e tem um escritório em Pyongyang. O Itamaraty ainda não confirma se a embaixada brasileira no país recebeu o mesmo aviso. 

Nesta sexta-feira (5), a Coreia do Norte colocou dois de seus mísseis de médio alcance em lançadores móveis e os escondeu na costa leste do país, disse a agência sul-coreana de notícias Yonhap, citando fontes de inteligência da Coreia do Sul, que já posicionou em sua costa dois navios para inteceptar mísseis.

A informação não pôde ser confirmada, mas pode ter a intenção de demonstrar uma ameaça por parte do Norte ao Japão ou às bases norte-americanas em Guam.

"No início desta semana, o Norte transferiu dois mísseis Musudan de trem e os colocou em lançadores móveis", disse um oficial militar familiarizado com o assunto à Yonhap. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul não quis comentar a reportagem.

Ainda não está claro quais mísseis teriam sido deslocados. A especulação foi em torno de dois tipos de mísseis que não se tem conhecimento que tenham sido testados.

Um deles é o chamado míssil Musudan, que o Ministério da Defesa da Coreia do Sul estima que tem alcance de até 3.000 km. O outro é chamado de KN-08, que acredita-se ser um míssil balístico intercontinental, que não foi testado.