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EUA estão abertos ao diálogo com a Coreia do Norte, afirma John Kerry

Do UOL, em São Paulo

15/04/2013 03h25Atualizada em 15/04/2013 03h49

Em visita ao Japão, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou nesta segunda-feira (15) que os Estados Unidos permanecem abertos a negociações com a Coreia do Norte, pedindo a Pyongyang que dê um passo em direção ao diálogo.

"Os Estados Unidos seguem abertos a negociações honestas e confiáveis sobre a 'desnuclearização', mas a bola está com Pyongyang", disse Kerry durante um discurso em conferência realizada no Instituto de Tecnologia de Tóquio.

John Kerry deixou claro que nesse compromisso, Estados Unidos, Coreia do Sul, China e Japão "estão unidos. Não pode haver confusão neste ponto", ressaltou, perante um desafio que representa um perigo não só para a região, "mas para sua própria gente".

Reafirmando sua oferta de diálogo com Pyongyang, Kerry destacou que a Coreia do Norte precisa dar "passos importantes para demonstrar que irá cumprir seus compromissos e as leis internacionais."

Em sua conferência, intitulada "A Aliança do Pacífico no Século 21", Kerry também quis destacar que "em um momento no qual o mundo avança rumo a um menor número de armas nucleares", a última coisa que se necessita "é um ou dois países contrários a essa tendência histórica e ao bom senso".

O chefe da diplomacia norte-americana está em Tóquio para a última etapa de sua viagem pela Ásia, após passar por Pequim e Seul, com o objetivo de reafirmar o apoio de Washington a seus aliados na região diante da ameaça norte-coreana.

No último fim de semana, John Kerry e o chefe da diplomacia chinesa se comprometeram a trabalhar conjuntamente pela desnuclearização da península coreana. O secretário de Estado norte-americano também advertiu que os Estados Unidos "estão totalmente determinados a defender o Japão", que foi alvo de ameaças nucleares por parte da Coreia do Norte.

Coreia do Norte rejeita proposta de diálogo sul-coreana

A Coreia do Norte descartou no domingo (14) a proposta de diálogo de Seul, enquanto a região aguarda um possível lançamento de mísseis por parte do regime comunista, coincidindo com a celebração do aniversário de seu fundador, Kim Il-sung, nesta segunda-feira.
 
Em uma nota publicada pela agência estatal de notícias norte-coreana "KCNA", Pyongyang considerou a proposta de diálogo sugerida semana passada pela presidente sul-coreano, Park Geun-hye, de "vazia" e "um estratagema astuto para ocultar a política da Coreia do Sul voltada ao confronto".
 
A presidente sul-coreana expressou na última sexta-feira (12) sua intenção de "falar com a Coreia do Norte", depois que as operações no parque industrial intercoreano de Kaesong foram paralizadas por vontade expressa de Pyongyang.
 

Tensão na península coreana

A tensão na península é grande desde dezembro, quando o Norte realizou com sucesso um lançamento de foguete, considerado pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul como um disparo de teste de míssil balístico.

 

Em fevereiro, Pyongyang executou um terceiro teste nuclear, o que provocou a adoção, no início de março, de novas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.

 

Em protesto contra as manobras militares conjuntas realizadas por Coreia do Sul e Estados Unidos em território sul-coreano, o governo do Norte declarou nulo o armistício que interrompeu a guerra da Coreia em 1953 e ameaçou com um "ataque nuclear preventivo" contra alvos sul-coreanos e americanos.

 

No dia 30 de março, Pyongyang anunciou que se encontrava em "estado de guerra" com a Coreia do Sul, depois de ter rompido todas as comunicações diretas entre os governos e os exércitos dos dois países no dia 27.

 

Os governos da Coreia do Sul e Estados Unidos já alertaram Pyongyang sobre as severas repercussões de qualquer agressão. (Com agências internacionais)

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