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EUA estão "totalmente determinados" a defender o Japão da Coreia do Norte, diz Kerry

Do UOL, em São Paulo

14/04/2013 09h22

O secretário de Estado americano, John Kerry, advertiu neste domingo (14) que os Estados Unidos estão "totalmente determinados a defender o Japão", que foi alvo de ameaças nucleares por parte da Coreia do Norte. Kerry chegou hoje ao Japão para conversar sobre as tensões nucleares na península coreana depois de conseguir um apoio crucial da China para buscar uma distensão na crise.

No sábado, os chefes da diplomacia americana e chinesa se comprometeram a trabalhar conjuntamente pela desnuclearização da região. "Tratar adequadamente o problema nuclear coreano serve ao interesse comum de todas as partes", afirmou o conselheiro de Estado da China, Yang Jiechi, prometendo que Pequim trabalhará com todas as partes, incluindo os Estados Unidos.

Hoje, o regime de Pyongyang classificou hoje de "estratagema astuto" a oferta de diálogo colocada esta semana por Coreia do Sul e deu a entender que rejeita por enquanto a oferta de retomar conversas para desativar a tensão na península.

O arsenal norte-coreano

  • A quantidade exata de armas nucleares na Coreia do Norte é uma incógnita, uma vez que o país não é signatário de tratados para controle de tecnologias para destruição em massa.

    No entanto, estima-se que o arsenal do país inclui alguns foguetes que poderiam atingir não só Seul, mas capitais como Tóquio e até mesmo bases norte-americanas no Pacífico.

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A mensagem do porta-voz do Comitê norte-coreano para a Reunificação da Coreia, publicado pela agência estatal "KCNA", foi publicada dois dias depois que a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, disse que tem intenção de "falar com a Coreia do Norte" para resolver a crise.

O porta-voz do organismo norte-coreano qualificou esta oferta de "casca vazia" e de "um estratagema astuto para ocultar a política da Coreia do Sul voltada para o confronto".

A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, expressou sua intenção de "falar com a Coreia do Norte", depois que as operações no parque industrial intercoreano de Kaesong foram paralisadas por vontade expressa de Pyongyang.

O regime comunista proibiu o acesso ao recinto, situado em seu território, primeiro dos capatazes sul-coreanos e mais tarde dos 54 mil operários norte-coreanos que lá trabalham.

Neste sentido, o porta-voz citado hoje pela "KCNA" considerou que a oferta de diálogo também pretende "distrair a atenção sobre a responsabilidade da Coreia do Sul na hora de provocar uma crise no Complexo Industrial de Kaesong".

O fechamento de Kaesong foi emoldurado na cascata de ameaças que Pyongyang tem feito desde o começo de março contra Seul e Washington, depois que a ONU ampliou as sanções contra o regime por causa de seu teste nuclear de fevereiro.

Os serviços de inteligência sul-coreanos detectaram na semana passada que a Coreia do Norte mobilizou mísseis de curto e médio alcance em sua faixa oriental, o que aponta para que pretende realizar em breve um teste um vários lançamentos.