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Itamaraty diz que situação no Egito é "grave" e pede diálogo

Do UOL, em Brasília

03/07/2013 19h05

Em nota oficial divulgada na noite desta quarta-feira (3), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil classificou a situação no Egito como "grave"  e pediu diálogo no país. O presidente egípcio Mohamed Mursi foi deposto nesta quarta por um golpe militar apoiado por grande parte da população. 

A Constituição do país foi suspensa e o chefe da Suprema Corte Constitucional, Adly Mansour, é quem governará o país no período de transição, até que sejam convocadas novas eleições.

A nota do ministério ressalta que o presidente egípcio destituído havia sido democraticamente eleito e acrescenta que o governo do Brasil espera que a busca por soluções no país árabe aconteça por meio do diálogo, “sem violência e com a plena vigência da ordem democrática”.

"O governo brasileiro acompanha com preocupação a grave situação no Egito, onde a Constituição acaba de ser suspensa e o presidente democraticamente eleito destituído, segundo comunicação das Forças Armadas", diz a nota oficial do Itamaraty.

Segundo o ministério, é o momento de buscar diálogo e conciliação.

"Ao insistir na busca de soluções para os desafios a serem enfrentados pela população egípcia em respeito à institucionalidade, o governo brasileiro conclama ao diálogo e à conciliação para que as justas aspirações da população egípcia por liberdade, democracia e prosperidade possam ser alcançadas sem violência e com a plena vigência da ordem democrática", conclui.

O Palácio do Planalto foi procurado pela reportagem do UOL, mas não havia se manifestado até o início da noite.

Entenda a crise no Egito

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O descontentamento começou em novembro de 2012, quando o presidente do Egito, Mohammed Mursi, promulgou um decreto pelo qual estendia mais poderes para si mesmo. Desde então, houve uma cisão política no país. De um lado, Mursi e a Irmandade Muçulmana; de outro, movimentos revolucionários e liberais.

Essa divisão política foi propiciada por uma constituição polêmica, escrita por um painel dominado por islamitas.

O fato foi agravado pelo que a oposição chamou de decisão unilateral adotada pelo governo. Alguns alegaram que muitos dos membros da Constituinte egípcia foram indicados pela Irmandade Muçulmana com base em critérios que privilegiaram a lealdade à competência.
O QUE MURSI DIZIA?

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Apesar de admitir que cometeu alguns erros, Mursi insinuou que os protestos foram motivados por ex-membros do antigo regime e seus associados. Ele também culpa a oposição por não responder a seus pedidos para a construção de um diálogo nacional. Tais indicações ficaram claras em um pronunciamento à nação em 26 de junho deste ano.

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