Mercosul já havia aprovado salvo-conduto a asilado boliviano, diz senador que participou de resgate
O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, afirmou nesta segunda-feira (26), em sua conta no Twitter, que representantes do Mercosul já haviam aprovado a concessão de salvo-conduto para que o senador boliviano Roger Pinto Molina deixasse a Embaixada brasileira em La Paz, onde estava asilado, rumo ao Brasil.
Quem é o senador Roger Pinto Molina
Idade: 53 anos
Região da Bolívia: eleito pela província de Pando, no norte do país
Partido: Convergência Nacional (oposição ao governo Evo Morales)
Acusações: Assassinato de camponeses em 2008; desacato ao presidente Evo; desacato à ministra da Transparência e Anticorrupção; dano ambiental; corrupção e desvios na Zona Franca de Cobija, entre outros
Defesa: O senador nega os desvios em Cobija e diz ser perseguido pelo governo de Evo Morales
“O governo brasileiro já havia concedido asilo político, ato unilateral e soberano de um país, ao senador opositor ao governo Evo Morales, mas o pedido do salvo-conduto nunca foi aceito pela Bolívia, em evidente contradição ao que foi defendido por todos os membros do Mercosul na reunião da cúpula do bloco, em julho deste ano, durante debates sobre o caso [Edward] Snowden”, afirmou o senador, referindo-se ao encontro do Mercosul realizado no Uruguai.
Ferraço participou da operação que trouxe Molina ao Brasil após ser acionado pelo diplomata Eduardo Sabóia, titular da representação brasileira em La Paz. Segundo o senador, Molina estava “depressivo e falando em suicídio.” “Tomamos uma decisão de emergência para preservar a vida de um homem que estava sob os cuidados do governo brasileiro”, disse Ferraço.
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