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Cassinos acusam campeão mundial de pôquer de fraude em jogo de cartas

Phillip Ivey Jr., considerado um dos melhores jogadores de pôquer do mundo, participa de campeonato mundial em um cassino de Las Vegas (EUA), em julho de 2009. O jogador está sendo acusado por outros cassinos dos Estados Unidos e da Malásia de acumular milhões de dólares cometendo fraudes - Laura Rauch/AP
Phillip Ivey Jr., considerado um dos melhores jogadores de pôquer do mundo, participa de campeonato mundial em um cassino de Las Vegas (EUA), em julho de 2009. O jogador está sendo acusado por outros cassinos dos Estados Unidos e da Malásia de acumular milhões de dólares cometendo fraudes Imagem: Laura Rauch/AP

Do UOL, em São Paulo

15/04/2014 12h12

Um casino de Atlantic City (Nova Jersey, Estados Unidos) está processando um apostador que ganhou a bolada de US$ 9,6 milhões (cerca de R$ 21,3 milhões) em um suposto esquema de trapaça em um jogo de cartas.

Phillip Ivey Jr., considerado um dos melhores jogadores de pôquer no mundo, está sendo acusado pelo Borgata Hotel Casino & Spa de se aproveitar, junto com um comparsa, de uma falha em cartas usadas no cassino, fabricadas por uma empresa de Kansas City. Os dois apostadores teriam sido capazes de escolher as melhores cartas no jogo conhecido como ‘baccarat’. Com isso, tiveram supostas vantagens em quatro ocasiões entre abril e outubro de 2012, de acordo com a ação movida pelo hotel, que alega que é proibido pela lei do Estado fazer o ‘edge sorting’, escolha de cartas 'viciadas', técnica que teria sido usada pelos jogadores.

Como eles teriam conseguido a façanha?

Segundo o hotel, cartas de baralho fornecidas pela Gemaco Inc. tinham defeitos no seu verso, com pequenas diferenças no padrão dos desenhos. Todas elas deveriam ter fileiras de círculos brancos lembrando a parte de cima de diamantes cortados, mas em vez disso, algumas apresentavam meio diamante ou um quarto.

Na queixa contra Ivey, o hotel afirma que o jogador e seu parceiro na fraude instruíram um crupiê a distribuir as cartas de determinadas maneiras, dependendo do quanto elas eram interessantes para o jogo. Os números 6, 7, 8 e 9 favorecem o apostador no ‘baccarat’; cartas ruins eram colocadas em direções diferentes das boas. Assim, depois de algumas rodadas, as melhores ficariam dispostas de um jeito específico, com o lado defeituoso da carta posicionado no campo de visão de Ivey.

A fabricante dos baralhos também está sendo processada por outro cassino da cidade, o Golden Nugget, que afirma ter perdido US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 3,3 milhões) para apostadores por causa das cartas defeituosas.

O jogador Ivey é acusado por outra empresa, o Genting Group, com sede na Malásia, de cometer prática ilegal semelhante. De acordo com a ação, que corre na Alta Corte britânica, Ivey e um cúmplice acumularam quase US$ 12 milhões (cerca de R$ 26 milhões) trapaceando no ‘baccarat’.

Vencedor de nove mundiais de pôquer, Ivey se compara em seu site aos astros Michael Jordan (do basquete), Tiger Woods (do golfe) e Muhammad Ali (do boxe). E, claro, nega as acusações de fraude. (com AP)