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Massacre nos EUA desencadeia campanha parecida à "Não Mereço ser Estuprada"

Elliot Rodger, filho de um cineasta de Hollywood, matou 6 pessoas na Califórnia - Michael Nelson/EPA/Efe - 24.mai.2014
Elliot Rodger, filho de um cineasta de Hollywood, matou 6 pessoas na Califórnia Imagem: Michael Nelson/EPA/Efe - 24.mai.2014

Do UOL, em São Paulo

26/05/2014 15h33Atualizada em 26/05/2014 18h13

Uma campanha no Twitter sobre como as mulheres se sentem vulneráveis à violência, semelhante à brasileira “Não Mereço Ser Estuprada”, alcançou mais de 500 mil mensagens depois de um jovem de 22 anos matar seis pessoas na Califórnia (EUA), na sexta-feira (23).  

Elliot Rodger, 22, publicou um vídeo ameaçador contra mulheres pouco antes de cometer o massacre, afirmando que iria “abater garotas loiras metidas e mimadas”.

“Eu não sei porque vocês, garotas, não se sentem atraídas por mim. Mas irei punir todas. É uma injustiça”, disse no vídeo.

Ele esfaqueou até a morte três colegas de quarto e depois atirou aleatoriamente em pessoas na vizinhança, matando outras três. Rodger cometeu suicídio em seguida.

Por meio da hashtag "YesAllWomen" ("Sim, todas as mulheres"), jovens contam situações em que sentiram medo ou ameaçadas por serem mulheres ou foram criticadas por homens.

O movimento no microblog, assim como a “Não Mereço Ser Estuprada”, também ganhou apoio de usuários de outras redes sociais, como o Facebook e Instagram. Só no Twitter, segundo a ferramenta de medição Topsy, a hashtag reuniu mais de 500 mil mensagens.

Abaixo, algumas das mensagens publicadas (em inglês):

"Porque garotas são ensinadas sobre como evitarem estupros, mas garotos não são ensinados a não estuprar."

"Porque minhas amigas usam anéis de casamento falsos para impedir garotos de abordá-las em bares."

"O modo de vestir não deveria ser questionado quando comunicamos um crime sexual."

"Porque enquanto outro vizinho me lembra de que ele pode caminhar em segurança da estação até sua casa em 10 minutos, eu posso ser estuprada [se fizer o mesmo]."