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Por nove meses, americana mantém em casa o corpo do marido de 88 anos

Casa onde Ila Solomon continuou a viver como se o marido, Gerald Francus Gavan Jr., 88, ainda estivesse vivo - Reprodução/USA Today
Casa onde Ila Solomon continuou a viver como se o marido, Gerald Francus Gavan Jr., 88, ainda estivesse vivo Imagem: Reprodução/USA Today

Do UOL, em São Paulo

04/06/2014 17h43

Uma moradora do condado de Tippencanoe, em Indiana (Estados Unidos), manteve por nove meses em casa o corpo do marido de 88 anos. Um perito entomologista, especialista em insetos, determinou que a morte do idoso ocorreu “pelo menos no dia 15 de julho de 2013, se não até antes” dessa data.

Segundo depoimentos de vizinhos à polícia, Ila Solomon, que também era a cuidadora de Gerald Francus Gavan Jr., continuou a viver normalmente, como se o marido ainda estivesse vivo.

“Se eu vivesse com um corpo dentro da minha casa, não conseguiria me comportar como ela se comportou diariamente”, afirmou ao “USA Today” Joe Childs, vizinho de Ila. Childs afirma que a mulher sempre foi amigável e conversava frequentemente com ele.

Em depoimento à polícia, Ila contestou a data apontada pela perícia e afirma que o marido estava vivo no último dia 28 de abril, quando supostamente teve um derrame.

A mulher alega que “moscas atraídas por adubo e roedores que eram dados às cobras de Gavan” aceleraram a decomposição do corpo do marido. Devido ao forte odor, ela disse ter dormido por cinco dias em uma outra casa, na mesma propriedade do casal.

Ila negou-se a explicar por que manteve em casa o corpo do marido, com quem estava casada há dois anos. Porém, ela disse que o marido havia comentado sobre um rancho no Texas onde corpos humanos são deixados no campos para serem comidos por pássaros, “uma tradição da qual ele queria participar”. 

A polícia investiga a causa da morte do idoso e ainda não indiciou a mulher de Gavan.