EUA lançam míssil na Califórnia em teste contra ameaça norte-coreana
O Exército dos EUA realizou nesta terça-feira (30) o primeiro teste de defesa antimísseis envolvendo a simulação de um ataque com um foguete balístico intercontinental. O teste foi realizado a partir da Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia.
O míssil que deveria ser abatido foi lançado de base no atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall, no oceano Pacífico. O Pentágono confirmou que o teste foi bem-sucedido, mas não deu detalhes adicionais. O plano previa a intercepção do míssil sobre o mar.
O teste foi realizado em meio às ameaças e os testes balísticos realizados pela Coreia do Norte em sua tentativa de obter sucesso na produção de um míssil intercontinental com capacidade para atingir os EUA.
Esta foi a primeira vez que o Pentágono tentou derrubar um míssil de alcance intercontinental.
"Este sistema é de vital importância para a defesa da nossa pátria e esse teste demonstra que temos um interceptador com boa capacidade contra uma ameaça real", declarou o vice-almirante Jim Syring, diretor da Agência de Defesa de Mísseis dos EUA.
O porta-voz do Pentágono, o capitão Jeff Davis, afirmou que o teste não é feito especificamente pela crescente tensão com a Coreia do Norte.
"Em um sentido amplo, a Coreia do Norte é uma das razões pelas quais estamos testando este sistema", afirmou.
"A Coreia do Norte expandiu o tamanho e a sofisticação de suas forças de mísseis", acrescentou Davis. "Continuam realizando lançamentos de mísseis como o deste fim de semana e utilizando uma retórica agressiva, sugerindo que vão atacar os Estados Unidos".
Davis também falou da grande capacidade de mísseis do Irã como uma ameaça aos interesses americanos no Oriente Médio.
O teste ocorreu dois dias depois de a Coreia do Norte disparar um míssil que percorreu 450 quilômetros em direção ao leste até cair em águas da Zona Econômica Especial (ZEE) do Japão --espaço que se estende cerca de 370 quilômetros a partir de seu litoral.
Com o teste, o Pentágono pretende revisar o seu sistema de dissuasão nuclear, integrado por mísseis intercontinentais, bombardeiros estratégicos e submarinos nucleares, para determinar se há necessidades de modernização.
O exercício testa o desempenho do sistema de "defesa em terra na metade do percurso" (GMD), que teve alguns problemas em testes anteriores. A tecnologia que move o GMD é extremamente complexa e o sistema utiliza sensores disponibilizados globalmente para detectar e rastrear ameaças de mísseis balísticos.
Em uma estratégia que o Pentágono descreve como atingir uma bala com outra bala, o míssil é lançado ao espaço e em seguida libera um "Veículo Assassino Exoatmosférico" que utiliza energia cinética para destruir o objetivo que vem na sua direção.
O sistema GMD terá 44 interceptores até o final de 2017 --com bases no Alasca e na Califórnia-- de modo que poderá enfrentar um ataque lançado de outro país com vários mísseis. Mas ainda não é capaz de enfrentar um ataque em grande escala de países como Rússia ou China, que têm capacidade de lançar dezenas de mísseis simultaneamente. (Com agências internacionais)
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