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Após grande terremoto, México conta 90 mortos e mais de 800 tremores

Pedro Pardo/AFP Photo
Imagem: Pedro Pardo/AFP Photo

Em Oaxaca

10/09/2017 07h53

Mais de dois dias após um terremoto de 8.2 graus na escala Richter, o México segue tendo tremores por todo o país enquanto seguem as buscas por mortos no sul do país. A contagem de mortos chegou a 90, após a confirmação de 71 vítimas fatais no Estado de Oaxaca. 

No sábado, o coordenador nacional de Proteção Civil, Luis Felipe Puente, tinha confirmado ainda 15 mortos em Chiapas, e quatro em Tabasco. Mais de 200 pessoas ficaram feridas.

terremoto mexico - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

O SSN (Serviço Sismológico Nacional) indicou no seu relatório mais recente que até a meia-noite do sábado aconteceram 846 réplicas do tremor de magnitude 8,2 da noite de quinta (7). Entre eles, um segundo abalo de 5.8 de magnitude, com epicentro em Salina Cruz e um de 2.6 na Cidade do México, capital do país. 

Teme-se, ainda, que o número de vítimas aumente.

Em meio a escombros e chuvas

Em Juchitán, no centro do Estado de Oaxaca e a zona mais devastada pelo terremoto, com 37 mortos e numerosas construções destruídas, os socorristas concluíam os trabalhos com a utilização de máquinas pesadas para remover os escombros, quando já se percebe o odor dos corpos, em meio a forte umidade e ao calor na região.

"Já não há mais gente (com vida) sob os escombros. A maioria foi resgatada quase imediatamente por familiares e vizinhos", disse à imprensa Roberto Alonso, coordenador dos "Topos", força integrada por especialistas em resgates após terremotos.

O último corpo encontrado foi o de um policial que estava sob os escombros do Palácio Municipal, uma construção de estilo colonial destruída pelo terremoto.

Na madrugada, um morador solitário se aventurou em meio aos destroços do que foi uma majestosa construção colonial para resgatar uma bandeira mexicana e agitá-la, uma imagem registrada em vídeo, que viralizou nas redes sociais.

Muitas casas, escolas e o mercado estavam parcialmente destruídos, outros prédios expunham suas entranhas, com tapumes, vigas metálicas dobradas e vidros quebrados.

A população passou a noite nas ruas temendo abalos secundários, mas ao amanhecer a chuva fez com que as pessoas voltassem para suas casas.