Em dia de protestos em Caracas, imigração venezuelana triplica no Brasil
O fluxo de imigrantes venezuelanos que atravessaram a fronteira para o Brasil praticamente triplicou ontem, dia em Caracas marcado por manifestações convocadas pelo líder oposicionista Juan Guaidó contra o ditador Nicolás Maduro.
Segundo a Polícia Federal, 848 venezuelanos entraram no Brasil nesta terça, enquanto a média diária tem variado entre 250 e 300 entradas. O governo Bolsonaro anunciou mais R$ 223,8 milhões em recursos para o Ministério da Defesa para serem utilizados na Operação Acolhida, que recebe em Roraima imigrantes do país vizinho. A operação é conduzida pela Casa Civil e executada em parceria com o Ministério da Defesa.
Na manhã de ontem, o líder oposicionista Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente da Venezuela, anunciou ter o apoio de militares para derrubar Maduro e convocou manifestações contra o regime. Guaidó refez a convocação na manhã de hoje.
Ontem, milhares de pessoas foram às ruas de Caracas e entraram em confronto com forças leais ao ditador. Outro líder oposicionista, Leopoldo López, fugiu da prisão domiciliar que cumpria e se refugiou na embaixada da Espanha na Venezuela.
No governo brasileiro, o temor é que o agravamento da crise na Venezuela aumente ainda mais o ingresso de venezuelanos no Brasil.
A maioria chega ao país por trilhas entre as cidades de Santa Helena do Uairén, na Venezuela, e Pacaraima, no estado brasileiro de Roraima. Oficialmente, a fronteira entre os dois países está fechada por ordem de Maduro desde fevereiro deste ano.
De acordo com a PF, dos 848 venezuelanos que entraram no Brasil ontem, 121 pediram refúgio.
Os R$ 223 milhões anunciados ontem pelo governo vão ajudar o Exército e outros parceiros do governo na operação de acolhimento dos venezuelanos no Brasil. Além de receber os imigrantes, o governo também está fazendo o trabalho de interiorização dos venezuelanos no país.
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