Premiê iraquiano condena "assassinato" de generais do Irã e do Iraque
Do UOL, em São Paulo
03/01/2020 10h12Atualizada em 03/01/2020 10h56
O primeiro-ministro iraquiano Adel Abdul Mahdi condenou o "assassinato" do comandante da Força Quds iraniana Qasem Soleimani e do chefe da milícia iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis, após um ataque dos EUA, em Bagdá.
"O ataque aéreo no aeroporto de Bagdá é um ato de agressão ao Iraque e quebra de sua soberania que levará a guerras no Iraque, na região e no mundo, disse ele em comunicado.
A ação também violou as condições da presença militar dos EUA no Iraque advertiu o polític, que convocou o parlamento a se reunir em uma sessão extraordinária para discutir a situação.
Ao comentar a ação, o Pentágono disse em comunicado que o "ataque teve como objetivo impedir futuros planos iranianos de ataques aos EUA e proteger cidadãos norte-americanos no Oriente Médio".
Mais cedo, o presidente do Iraque, Barham Salih, condenou o ataque aéreo dos Estados Unidos que matou o chefe militar Abu Mahdi Al Muhandis, mas pediu moderação a todas as partes.
"O Iraque deve colocar seu interesse nacional em primeiro lugar e evitar as tragédias de um conflito armado que afeta o país ao longo de quatro décadas", disse ele em comunicado.
Já as lideranças do Irã elevaram o tom nas respostas. O guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, se comprometeu a "vingar" a morte de Soleimani e decretou três dias de luto nacional no país.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, também prometeu vingança."Não há nenhuma dúvida sobre o fato de que a grande nação do Irã e as outras nações livres da região se vingarão por este horrível crime dos Estados Unidos", declarou Rohani em um comunicado.
Já o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, advertiu que o ataque por ordem do presidente dos EUA, Donald Trump, é uma "escalada extremamente perigosa e imprudente".
(Com informações da Reuters)