Twitter exclui vídeo postado por Trump após categorizá-lo como 'manipulado'
O Twitter excluiu o vídeo de uma publicação feita ontem à noite pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após categorizá-lo como "mídia manipulada". Como apontou o jornal The New York Times, o vídeo foi alterado para parecer que a CNN o havia transmitido — o que não aconteceu.
Nas imagens, uma mensagem inicial ironizava: "criança foge de bebê racista". Depois, aparecia a frase "bebê racista provavelmente é um eleitor de Trump". O vídeo ainda acusava as fake news de alimentar a desinformação no país.
Agora, no lugar das imagens e acima do selo de "mídia manipulada", aparece uma mensagem da rede social: "esta mídia foi desativada em resposta a uma denúncia do proprietário dos direitos autorais".
Trump indicou que a fonte do vídeo é um criador de memes e apoiador do presidente, chamando-o de "CarpeDonktum".
As políticas da rede social proíbem o compartilhamento de vídeos, fotos ou áudios que "foram alterados ou fabricados" para enganar os espectadores e que têm o potencial de causar danos. Foi a primeira vez que o Twitter usou esse rótulo em uma das postagens de Trump, mas não o primeiro embate com o presidente dos EUA.
Em 26 de maio, o Twitter classificou dois posts de Trump como "potencialmente enganosos". Nas publicações, o republicano alega falsamente que as cédulas de votação enviadas através do correio são fraudulentas.
Recentemente, um executivo do Twitter disse que seria possível suspender a conta de Trump se ele continuasse publicando mensagens incendiárias, como as relacionadas aos protestos pelo assassinato de George Floyd.
Posts vetados também no Facebook
Ontem, o Facebook anunciou ter excluído mais de 80 anúncios da campanha eleitoral do presidente norte-americano por violação às regras contra o ódio organizado. Segundo a empresa, os posts, que faziam ataques ao movimento Antifa (antifascista) e a grupos de extrema-esquerda, levavam um símbolo — um triângulo vermelho invertido — usado pelos nazistas para identificar prisioneiros políticos.
Os anúncios, segundo o jornal britânico The Independent, foram compartilhados nos perfis oficiais do presidente e de seu vice, Mike Pence, além da página "Team Trump".
As postagens alegavam que o Antifa e os movimentos de extrema-esquerda estariam "destruindo" cidades norte-americanas durante os protestos antirracismo e contra a violência policial que vêm acontecendo no país.
"Removemos esses posts e anúncios por violarem nossas políticas. Não permitimos o uso de símbolos de grupos de ódio já banidos da plataforma e que foram empregados no passado para identificar presos políticos, sem contexto que condene ou incentive um debate", explicou o Facebook ao UOL.
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