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16 pessoas são detidas por explosão no Líbano; Moçambique desconhece navio

Do UOL, em São Paulo

06/08/2020 16h48

Autoridades libanesas prenderam sob custódia 16 pessoas, na investigação sobre a explosão no porto da capital Beirute, na última terça-feira (4). As informações foram divulgadas pela agência estatal NNA e confirmadas pela emissora Al-Jazeera.

O promotor militar Fadi Akiki apontou, em comunicado, que mais de 18 autoridades portuárias e aduaneiras foram questionadas por negligência na manutenção do armazém, além de indivíduos que trabalhavam na região.

"Dezesseis pessoas foram detidas como parte da investigação", afirmou Akiki, sem citar o nome dos indivíduos. Ele disse que a investigação continua.

Moçambique desconhece navio

As autoridades portuárias de Moçambique negaram qualquer conhecimento do navio que transportava a carga de nitrato de amônio, que teria causado a explosão.

A reposta vem após relatos de que o nitrato de amônio havia chegado ao Líbano em 2016 a bordo de um navio que seguiria para a cidade portuária central de Beira, em Moçambique. A embarcação tinha bandeira da Moldávia e partiu da Geórgia.

"O operador portuário não sabia que o navio MV Rhosus atracaria no porto da Beira", disse a autoridade portuária em comunicado.

Ela disse que a chegada de qualquer navio ao porto "é anunciada pelo agente do navio ao operador portuário com 7 a 15 dias de antecedência".

Comitê investigativo

As ações no Líbano vêm após a criação de um comitê organizado pelo governo libanês para identificar os culpados pela explosão, que até agora matou pelo menos 157 pessoas e feriu 5 mil.

No dia da tragédia, o chefe de Segurança Geral do Líbano, Abbas Ibrahim, revelou que 2.750 toneladas de nitrato de amônio estavam no porto de Beirute quando houve a explosão.

Já no Twitter, o presidente Michel Aoun disse ser "inaceitável" essa quantidade guardada no depósito desde 2014 sem medidas de segurança. Ele ainda prometeu "punições severas" aos responsáveis.