Congresso americano confirma vitória de Joe Biden
Robson Santos
Do UOL, em São Paulo
07/01/2021 05h51Atualizada em 07/01/2021 07h35
O Congresso americano certificou, na madrugada de hoje, a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A sessão que confirmou a vitória do democrata foi interrompida na tarde de ontem após apoiadores do atual presidente e candidato derrotado, Donald Trump, invadirem o Capitólio. O novo presidente americano tomará posse em 20 de janeiro.
Em mensagem, Trump disse que haverá "transição ordenada" após um dia de caos em Washington. Segundo a polícia, quatro pessoas morreram.
"Embora eu discorde totalmente do resultado da eleição e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro", disse Trump em um comunicado postado no Twitter pelo porta-voz da Casa Branca Dan Scavino.
A reunião de oficialização de Joe Biden e Kamala Harris como os novos presidente e vice-presidente dos EUA foi retomada na noite de ontem, por volta das 22h (horário de Brasília).
Biden teve os 306 votos que ganhou no Colégio Eleitoral confirmados, em comparação a 232 de Trump, nas eleições realizadas em novembro de 2020.
Trump alega "Fraude"
Na tarde de ontem Donald Trump voltou a falar em fraudes eleitorais, novamente sem provas, como justificativa do ato de violência. E, em vez de criticar, disse "entender a dor" dos trumpistas, chamando-os de "especiais".
Foi uma eleição fraudada, mas não podemos jogar o jogo dessas pessoas. Temos que ter paz. Então vão para casa, nós amamos vocês, vocês são muito especiais. Vocês viram o que aconteceu, vocês viram a maneira com que os outros são tratados. Sei como vocês se sentem, mas vão para casa e vão para casa em paz."
Donald Trump em vídeo publicado nas redes sociais.
Momentos antes, ele havia insuflado seus apoiadores a se manifestarem contra a proclamação da vitória do democrata Joe Biden. "Sem violência! Lembre-se, nós somos o partido da lei e da ordem. Respeite a lei e nossos grandes homens e mulheres de azul", escreveu, referindo-se aos policiais.
A ação provocou críticas tanto de democratas quanto de colegas republicanos. Após a invasão ao Capitólio, o republicano Adam Kinzinger postou: "Isso é uma tentativa de golpe".