EUA registram mais de 4 mil mortes por covid-19 em um dia pela primeira vez
Os Estados Unidos registraram mais de 4 mil mortes por causa da covid-19 ontem, segundo dados Universidade Johns Hopkins. O número é o maior já registrado no país desde o início da pandemia.
De acordo com o levantamento da universidade, foram 4.085 mortes e 274.703 casos.
O país é o mais afetado pela pandemia novo coronavírus — são mais de 365 mil mortes registradas e 21,5 milhões de casos. O Brasil é o segundo país com mais mortes pela doença, ultrapassando a marca de 200 mil óbitos ontem.
'As coisas vão piorar'
Anthony Fauci, o maior especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos, estimou ontem que o número diário de mortes causadas pelo coronavírus continuará a aumentar nas próximas semanas, e aconselhou que a população tenha paciência com o programa de vacinação.
Em entrevista à National Public Radio, Fauci disse que o alto número de vítimas é provavelmente um reflexo do aumento de viagens e reuniões durante os feriados.
"Acreditamos que as coisas vão piorar à medida que entrarmos em janeiro", disse ele.
Ele ressaltou, no entanto, que ainda é possível "contornar essa aceleração", aderindo às medidas aconselhadas pelos especialistas, como distanciamento social e uso de máscaras.
Fauci aconselhou ainda os americanos a serem pacientes com as dificuldades e atrasos que retardaram a vacinação.
Até o momento, pelo menos 5,9 milhões de pessoas nos Estados Unidos receberam uma dose das vacinas contra covid-19, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças.
Situação crítica em Los Angeles
Em Los Angeles, por causa das consequências do feriado de Ação de Graças, as ambulâncias mudaram protocolos de atendimento e estão escolhendo quais pacientes devem ir para o hospital. Só quem tem chances de sobreviver está recebendo atendimento nos prontos socorros.
"Muitos hospitais atingiram um ponto da crise que precisam tomar difíceis decisões sobre os cuidados com os pacientes", disse a doutora Christina Ghaly, diretora dos serviços de saúde de Los Angeles, ao jornal Los Angeles Times.
Mais de mil mortes já foram registradas na cidade durante a semana passada.
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