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EUA: suspeita de furtar laptop de Pelosi em invasão ao Capitólio é presa

Riley June Williams, presa por suspeita de furtar um computador do escritório de Nancy Pelosi durante a invasão de apoiadores de Trump ao Capitólio - FBI/Reuters
Riley June Williams, presa por suspeita de furtar um computador do escritório de Nancy Pelosi durante a invasão de apoiadores de Trump ao Capitólio Imagem: FBI/Reuters

Do UOL, em São Paulo

19/01/2021 09h26Atualizada em 19/01/2021 11h45

Uma jovem de 22 anos que participou da invasão ao Congresso dos EUA foi presa ontem suspeita de furtar um computador que pertence à presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi.

Riley June Williams, moradora da Pensilvânia, aparece em vídeo da invasão ao Capitólio, de acordo com registros do departamento de Justiça. Ela foi acusada de entrar ilegalmente no Congresso e de ter uma conduta desordeira, e está detida no Distrito Central da Pensilvânia. Detalhes de como ocorreu a prisão não foram divulgados.

Com base em várias fotos e vídeos da invasão, um agente do FBI afirmou que Williams foi vista perto do gabinete de Pelosi. Segundo a investigação, a suspeita esperava vender o computador a uma agência de espionagem russa SVR.

De acordo com informações do jornal "New York Post", uma ex-namorada entregou a participação de Riley no furto do computador. No entanto, a venda não teria sido concretizada e "Williams ainda está com o aparelho ou o destruiu".

Ainda não ficou claro se um laptop pertencente a Pelosi foi realmente roubado. O FBI disse que continua investigando o assunto. O subchefe de gabinete de Pelosi, Drew Hammill, confirmou em 8 de janeiro, dois dias após a invasão, que um laptop "usado apenas para apresentações" foi retirado de uma sala de conferências.

Em entrevista ao canal ABC, a mãe de Williams, que mora com ela em Harrisburg, capital do estado, disse aos repórteres que sua filha se interessou repentinamente pela política de Donald Trump e pelos "fóruns de extrema-direita". Ela ainda contou que após a invasão, a filha fez as malas e saiu, dizendo que ficaria fora por algumas semanas.

O pai de Williams, que mora em Camp Hill, também na Pensilvânia, disse à polícia local que ele e a filha foram a Washington no dia do protesto, mas não ficaram juntos, se encontrando mais tarde para voltar a Harrisburg, disse o FBI.

Para o FBI, Williams "fugiu" antes de ser presa. Ela também mudou seu número de telefone e excluiu várias contas de mídia social.

Uma multidão de apoiadores do presidente Donald Trump, encorajada por ele, marchou até o Capitólio em Washington e o invadiu quando o Congresso estava prestes a certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

Confrontos violentos deixaram cinco mortos, incluindo um policial, e levaram a um segundo julgamento de impeachment de Donald Trump por "incitação à insurreição". O presidente Joe Biden e a vice, Kamala Harris, tomam posse amanhã em Washington D.C..