Juiz permite sentença mais longa para condenado pela morte de George Floyd
O juiz que supervisionou o julgamento do ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin, condenado pela morte de George Floyd, decidiu nesta quarta-feira (12) que há quatro fatores agravantes no assassinato do homem negro, que permitem dar uma sentença de prisão mais longa.
Segundo informações divulgadas pela emissora CNN, o juiz Peter Cahill considerou que Chauvin: abusou de uma posição de confiança e autoridade; tratou Floyd com crueldade especial; crianças estiveram presentes durante o crime; e cometeu o crime com a participação ativa de pelo menos três outras pessoas.
"A morte lenta de George Floyd ocorrendo ao longo de aproximadamente seis minutos de sua asfixia posicional foi particularmente cruel, pois o Sr. Floyd estava implorando por sua vida e obviamente aterrorizado pelo conhecimento de que ele provavelmente morreria. O réu permaneceu objetivamente indiferente aos apelos do Sr. Floyd ", escreveu Cahill.
Sobre o quarto ponto, o juiz Cahill escreveu que três ex-oficiais - Tou Thao, Thomas Lane e Alexander Kueng - estiveram ativamente envolvidos no incidente, mas ele não fez nenhuma conclusão quanto à intenção ou conhecimento. Cada um deles se declarou inocente das acusações de cumplicidade.
O juiz rejeitou o agravante de que Floyd era "particularmente vulnerável", observando que ele inicialmente resistiu à prisão. Cahill também determinou que o fato de Floyd estar deitado não cria uma vulnerabilidade, mas sim o mecanismo real de sua morte.
Chauvin renunciou ao direito do júri de decidir os fatores agravantes, optando pelo juiz Cahill para fazê-lo. Sua sentença está marcada para 25 de junho, e ele está atualmente detido na Instituição Correcional de Minnesota-Oak Park Heights.
Julgamento do caso George Floyd
O ex-policial Derek Chauvin foi condenado no dia 20 de abril pela morte de George Floyd, homem negro que morreu após ser asfixiado por nove minutos no estado de Minnesota, nos Estados Unidos. A decisão unânime foi do júri popular que analisou o caso.
Chauvin foi condenado por assassinato não intencional em segundo grau, assassinato em terceiro grau e homicídio culposo. A promotoria decidiu revogar a fiança para o crime de homicídio culposo. O ex-policial saiu do tribunal algemado.
Segundo o juiz Peter Cahill, que leu o veredito, os argumentos do ex-policial serão analisados "dentro de uma semana", mas há outras etapas técnicas como a solicitação de um relatório de investigação pré-sentença.
Somadas as condenações, Chauvin pode ficar preso por até 75 anos. Só a condenação por homicídio não intencional em segundo grau tem pena máxima de até 40 anos, segundo informações da CNN dos EUA.
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