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Presidente da Ucrânia diz a vice dos EUA que seu país defende toda a Europa

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, encontra-se com vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, para discutir crise com a Rússia - Reprodução/Twitter @VP
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, encontra-se com vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, para discutir crise com a Rússia Imagem: Reprodução/Twitter @VP

Do UOL, em Brasília

19/02/2022 13h22

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (19) que o exército de seu país está "defendendo toda a Europa". O comentário foi feito durante encontro de Zelensky com a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, em meio à Conferência de Segurança de Munique.

De acordo com o jornal digital norte-americano The Hill, os dois conversaram por alguns minutos em frente a jornalistas, antes de uma reunião a portas fechadas para discutir as ameaças de invasão da Rússia à Ucrânia.

Durante a conversa registrada pelos jornalistas, Kamala Harris afirmou que estava ansiosa para ouvir as preocupações de Zelensky. Ao mesmo tempo, ela reiterou o apoio dos EUA à Ucrânia.

Por meio de um intérprete, Zelensky afirmou, conforme The Hill, que "a única coisa que queremos é devolver a paz ao nosso país e, nesta situação, estamos muito gratos a você, aos Estados Unidos, como nosso aliado e parceiro, estamos gratos ao presidente [Joe] Biden".

Zelensky destacou ainda o apoio dos dois partidos norte-americanos, o Democrata e o Republicano, à causa ucraniana. "Estamos muito gratos aos EUA, a você pessoalmente e ao presidente Biden", reforçou Zelensky na conversa com Kamala Harris.

Pressão por sanções

Ao afirmar que a Ucrânia, no conflito com a Rússia, está "defendendo toda a Europa", Zelensky acrescentou que precisa de "medidas específicas". O presidente da Ucrânia vem pressionando por sanções dos EUA à Rússia antes mesmo que um ataque de Moscou atinja o país. Os EUA têm indicado que um ataque russo pode ocorrer nos próximos dias.

Pelo Twitter, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reafirmou que o país está com a Ucrânia "contra a retórica hostil da Rússia" e o acúmulo de tropas de Moscou na fronteira entre os países.

Blinken afirmou ainda que, juntamente com países parceiros, os EUA estão prontos para impor "consequências massivas e custos severos à Rússia", caso o país decida invadir a Ucrânia.

Por trás das tensões está a desconfiança da Rússia em relação à aproximação da Ucrânia —que no passado foi dominada pelo império russo e pela União Soviética— dos países ocidentais.