Mulher que deu cabeça do marido para amiga é condenada a 15 anos de prisão
Uma mulher que entregou a cabeça do marido em uma caixa para a vizinha foi condenada a 15 anos de prisão. O caso aconteceu em Castro Urdiales, na Espanha, em 2019.
Ela foi sentenciada por homicídio com agravamento de parentesco. À época, o marido de Carmen Merino estava sumido havia seis meses. Carmen disse à amiga que carregava brinquedos sexuais na caixa.
A vizinha aceitou receber o pacote porque Carmen disse que queria evitar o constrangimento quando a polícia fizesse alguma busca na sua casa. Mas, quando a caixa começou a cheirar mal, a mulher a abriu e descobriu a cabeça do bancário Jesús María Baranda, de 67 anos.
A sentença foi definida na última sexta-feira (9), mas Carmen ainda pode recorrer. Ela que já está presa desde 2019, ainda tem recurso para a decisão. Mas a mulher também foi condenada a pagar 18 mil euros (aproximadamente R$ 99 mil) ao irmão da vítima e 20 mil euros (aproximadamente R$ 110 mil) a cada um dos dois filhos.
O júri entendeu que Carmen agiu "com a intenção de aproveitar financeiramente os bens e dinheiro do companheiro, tendo sido nomeada por este como única herdeira no seu testamento". A mulher sumiu com o resto do corpo do marido.
"Ela se livrou do cadáver e deu o crânio para a amiga, fazendo-a acreditar que a caixa continha brinquedos sexuais, sabendo que a denúncia dos parentes do companheiro acabaria em investigação policial que provavelmente levaria a uma busca em sua casa", disse o juiz do caso.
A polícia acredita que o corpo do homem tenha sido descartado dentro de sacos de lixo descartáveis e ainda são feitas buscas para localizá-los em um aterro sanitário de Meruelo, mas admite que, pelo tempo, a probabilidade de localização é remota.
O magistrado ainda ressaltou o fato de Carmen não ter dado "uma explicação razoável" para refutar as provas incriminatórias, e que isso corrobora com as teses acusatórias.
Ele também lembrou que, embora a defesa sustente que não foi possível determinar a causa da morte, é "lógico" que, se fosse natural ou acidental, a acusada teria chamado os serviços de emergência e não o teria decapitado.
"Resta a morte homicida, que é a única que pode levar a livrar-se do cadáver, guardando um resto para poder provar a morte da vítima em um curto período de tempo", acrescenta.
A investigação também mostrou que Carmen realizou 25 saques de 600 euros entre março e setembro de 2019 com o cartão do marido, quando o homem já estava desaparecido. Os valores foram encontrados em uma mala na casa dos dois.
Além disso, o processo encontrou no histórico de um dos computadores do casal as seguintes perguntas: "quanto tempo leva para um corpo se decompor?" e "se meu marido desaparecer, continuo recebendo a pensão?". Também foram realizadas online compras de ferramentas em uma loja de ferragens e uma motosserra em uma loja de eletrônicos.
"A ré disse no julgamento que esses bens foram comprados por ele, mas acontece que todos eles foram pagos com o cartão usado pela ré. A motosserra foi comprada pela ré online de um de seus computadores pessoais e de sua própria conta, e quem pegou a motosserra, quando foi entregue, também era a ré", acrescenta a sentença.
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