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Biden e Republicanos firmam acordo para evitar calote nos Estados Unidos

Joe Biden discursa no G7 - Kiyoshi Ota/Pool via REUTERS
Joe Biden discursa no G7 Imagem: Kiyoshi Ota/Pool via REUTERS

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/05/2023 23h14

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e congressistas republicanos chegaram a um "princípio de acordo" para aumentar o teto da dívida do país e evitar um calote "catastrófico", segundo o Washington Post.

O que aconteceu

O acordo entre Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, acontece antes do prazo final de 1º de junho. A nova proposta eleva, até 2025, o dinheiro máximo que o país pode pegar emprestado para pagar suas contas.

A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso norte-americano.

O projeto também congela os gastos do governo e institui novos requisitos de trabalho para alguns americanos que recebem assistência nutricional do governo federal, disse o Washington Post.

Antes de Biden e McCarthy se acertarem, alguns democratas e republicanos já haviam criticado a proposta, mostrando que será difícil a tramitação do projeto pela Câmara e pelo Senado.

Os conservadores culparam McCarthy por não conseguir extrair o mesmo nível de cortes de gastos que a Câmara liderada pelo Partido Republicano adotou no mês passado sem apoio democrata.

Enquanto isso, os democratas questionaram a atuação de Biden nas negociações.

Mesmo em lados opostos, republicanos e os democratas devem ter o número necessário de votos para enviar a proposta à mesa de Biden em breve. Caso contrário, o governo norte-americano pode ficar sem dinheiro em 5 de junho, alertou o Departamento do Tesouro na sexta-feira (26).

Sem o dinheiro, a crise pode desencadear "um caos econômico incalculável que abala os mercados globalmente, desaloja milhões de americanos de seus empregos e interrompe serviços federais críticos", incluindo cheques da Previdência Social para idosos.

O possível acordo poderia aliviar o Congresso do pior confronto fiscal em mais de uma década: um impasse semelhante em 2011 viu o movimento conservador Tea Party na Câmara aproveitar os empréstimos do país para obter influência política, forçando os democratas a aceitar uma década de cortes e tetos de gastos - reduções que, segundo eles, devastaram os programas federais de saúde, educação, ciência e trabalho.