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Equador: Suspeitos matar Fernando Villavicencio são da Colômbia; 1 morreu

O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio falou em um encontro político em Quito, Equador, antes de ser morto em 9 de agosto de 2023. Imagem: REUTERS/Karen Toro

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/08/2023 17h12

Autoridades policiais do Equador confirmaram a prisão de seis pessoas supostamente ligadas ao assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio, ocorrido na noite de quarta-feira (9), em Quito.

O que aconteceu

Segundo o ministro do Interior, Juan Zapata, os suspeitos são da Colômbia e pertencem a um grupo criminoso que atua nas ruas da capital equatoriana. "Em várias incursões no setor Conocoto e no sul da cidade [de Quito], foram detidos seis indivíduos: Andrés M., José N., Adey G., Camilo R., Jules C., Jhon R., todos estrangeiros".

Arsenal de guerra. Durante as incursões policiais, foram apreendidos um veículo, uma motocicleta, um fuzil, quatro pistolas, uma submetralhadora, seis cartuchos de calibre 9 milímetros (mm), dois de calibre 5,56, diversas caixas com munição calibre 9 mm, três granadas de fragmentação, além de diversos quilos de entorpecentes.

O anúncio foi feito em comunicado à imprensa na manhã de hoje. Além do ministro do Interior, o comandante da Polícia Nacional do Equador, Fausto Salinas, também esteve presente na entrevista coletiva.

As autoridades informaram que, dois dos suspeitos detidos foram identificados ainda no cena do crime. Um terceiro suspeito foi morto após troca de tiros com policiais nas imediações do assassinato.

Mais cedo, o grupo criminoso Los Lobos, considerada a segunda maior facção criminosa no país, reivindicou a autoria do atentado.

Atentado

O candidato a presidente do Equador Fernando Villavicencio, 59, foi morto com três tiros, na quarta-feira (9), na capital do país enquanto encerrava um compromisso de campanha.

Villavicencio foi baleado na cabeça depois de sair de um encontro político na cidade de Quito. O médico Carlos Figueroa, amigo do candidato e que estava com ele no momento do ataque, relatou à imprensa que houve cerca de 30 disparos durante o atentado.

Candidato pelo Movimento Construye, ele foi morto por volta das 18h20 do horário local, segundo o jornal local El Universo. Ele chegou a ser socorrido para a Clínica da Mulher, hospital mais próximo do local do crime, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro de saúde.

O ataque ocorreu no Colégio Anderson, no centro-norte de Quito. Villavicencio era um dos oito candidatos das eleições presidenciais que ocorrerão no dia 20 de agosto no Equador, país que enfrenta um aumento da violência relacionada ao tráfico de drogas.

As ruas ao redor do colégio foram fechadas e a polícia nacional tenta localizar os responsáveis pelo ataque. Um dos suspeitos de efetuar os disparos foi morto depois de uma troca de tiros com a polícia nacional, de acordo com o Ministério Público.

Ao menos 9 pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo uma candidata à deputada e dois policiais, segundo o Ministério Público, que acompanha as investigações do caso. Sete feridos estão internados na mesma clínica para onde o presidenciável foi socorrido.

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