Homem diz que teve esposa, filhos e sogra sequestrados pelo Hamas em Israel
O israelense Yoni Asher afirmou que sua mulher e os filhos de três e cinco anos visitavam neste sábado (7) sua sogra no Kibutz Nir Oz quando foram levados pelo Hamas. As declarações foram dadas em entrevista à emissora de TV Israelense Channel 12.
Vi o telefone da minha esposa em Khan Yunis [cidade de Gaza]. Entrei em contato com a polícia, com o Comando da Frente Interna e não sei o que está acontecendo. Preciso da sua ajuda para poder entrar em contato com minha esposa, minhas filhas e minha sogra.
Yoni Asher, em entrevista a TV Channel 12
O que aconteceu
As Forças de Defesa de Israel confirmaram na tarde deste sábado (7) que "civis e soldados israelenses foram sequestrados e levados para Gaza" pelo Hamas. O número de reféns não foi divulgado pelas autoridades.
Integrantes do Hamas invadiram casas e "massacraram civis", segundo Israel. De acordo com o jornal The New York Times, há relatos de que os palestinos fizeram reféns no kibutz Be'eri, onde ao menos cinco pessoas foram capturadas.
Integrantes das Nações Unidas também confirmam que o Hamas fez reféns, segundo o The New York Times. De acordo com a publicação, há civis e militares entre os sequestrados —conforme informou o governo israelense.
Ofensiva palestina envolveu disparo de 5.000 foguetes
O comandante militar do Hamas, Mohammad Deif, informou que 5.000 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza. O bombardeio deixou cem mortos, segundo as autoridades. Sirenes de alerta de bombardeios soaram no sul e no centro de Israel, inclusive em Jerusalém.
"Vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza", informaram os militares de Israel sobre o ataque de homens armados, que teriam atirado em pedestres.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança.
"Estamos em guerra e venceremos", disse o premiê israelense em pronunciamento publicado nas redes sociais. "O inimigo pagará um preço que nunca conheceu", afirmou.
Este é o incidente mais grave desde que Israel e o Hamas travaram uma guerra de 10 dias em 2021.
O ataque ocorre no momento em que Israel marca o festival judaico de Simchat Torá, celebrando a conclusão do ciclo anual de leituras públicas da Torá.